08 de setembro de 2022
ESG promove a transformação para atingir a economia sustentável
As práticas ESG são um pilar para as organizações e a sociedade se reinventarem, mantendo-se prósperas e longevas. O papel do ESG, environmental, social and governance (ambiental, social e governança, em português) na construção de caminhos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) visa promover ações que contribuem de forma responsável para a preservação ecológica e o bem-estar social.
“O processo de mudança climática no planeta provocado pelo descuido ambiental gerou a ocorrência de eventos naturais extremos desde 1970. Hoje, são mais de 400 ao ano, entre tempestades, deslizamentos, secas, incêndios florestais, ondas de frio e de calor. O debate em torno dos temas que incorporam ESG são os motivadores da inovação em prol da preservação do meio ambiente”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Diante do alerta do Banco Mundial de que 216 milhões de pessoas em seis regiões do mundo, incluindo a América Latina, muitas pessoas poderão ser forçadas a se mudarem de seus países até 2050 para fugirem dos eventos climáticos adversos de suas regiões, como escassez de água, temperaturas muito elevadas, aumento do nível do mar, entre outros.
O Brasil enfrentou no ano de 2022 a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. A situação é preocupante em diversos aspectos e afeta diretamente a vida da população brasileira. “Economizar não é mais uma opção e sim questão de sobrevivência. As consequências de toda essa crise hídrica vão para além de somente viés ambiental, afetando a economia do Brasil, bem como o quesito social. Um primeiro impacto é o aumento na conta de luz”, pontua Vininha F. Carvalho.
De acordo com o relatório divulgado pelo Mapbiomas, nas últimas três décadas o Brasil perdeu cerca de 15,7% de sua superfície de água, isso equivale a uma retração de 31 mil km, mais de 1,5x da superfície de água da região do Nordeste.
Os estados de Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam o maior índice de perda hídrica do Brasil, mas o bioma brasileiro inteiro está pedindo socorro. “As estiagens são reflexo do uso irregular dos nossos recursos naturais, das queimadas desenfreadas, da irresponsabilidade humana perante o nosso meio ambiente”, explica Rafael Zarvos, fundador da Oceano Resíduo, certificado em ESG pela PUC e pela Exame Academy & Trevisan Escola de Negócios.
A pauta ESG veio para ficar e está impelindo as empresas e a sociedade a se transformarem. A agenda ESG não serve apenas para ajudar o planeta, mas também para demonstrar para os consumidores e acionistas que as empresas estão se preocupando cada vez mais com práticas que visam à proteção ambiental. “Os investidores que escolhem as empresas ambientalmente responsáveis têm um retorno financeiro maior e ainda contribuem com o desenvolvimento sustentável”, finaliza Vininha F. Carvalho.