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21 de setembro de 2022

Vendas somam 2,57 milhões de cotas com mais de R$ 165 bilhões, em oito meses

As vendas de novas cotas do sistema de consórcios acumularam 2,57 milhões nos oito meses do ano, superando em 11,3% as 2,31 milhões anotadas no mesmo período de 2021.

As participações alcançadas pelas somas de cada setor, onde o sistema está presente, foram: 76,9% no setor de veículos automotores, divididos em 38,9% para veículos leves, 31,4% para motocicletas, e, 6,6% para pesados; além de 16,4% no de imóveis, 5,0% no de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 1,7% nos de serviços.

A totalização esteve assim distribuída setorialmente: 1,00 milhão de veículos leves; 807,15 mil de motocicletas; 422,43 mil de imóveis; 170,49 mil de veículos pesados, 128,15 mil de eletroeletrônicos; e 43,84 mil de serviços.

Os negócios resultantes destas adesões acumularam R$ 165,05 bilhões, de janeiro a agosto. Ao avançar 13,2% sobre os R$ 145,79 bilhões anteriores, sinalizaram confiança e credibilidade da modalidade junto ao consumidor.

Durante os oito meses, o volume de participantes mostrou crescimento constante, com sucessivos recordes mensais sendo ultrapassados. Após a oitava alta consecutiva, ao atingir 8,97 milhões de consorciados, chegou a agosto com o maior porte já alcançado em sua história. O mecanismo superou 9,5% sobre o mesmo mês do ano passado, ocasião que anotou 8,19 milhões.

Nas vendas de novas cotas do período, as 2,57 milhões contabilizadas estiveram assim distribuídas setorialmente: 1,00 milhão de veículos leves; 807,15 mil de motocicletas; 422,43 mil de imóveis; 170,49 mil de veículos pesados, 128,15 mil de eletroeletrônicos; e 43,84 mil de serviços.

“No ano que os consórcios completam 60 anos, os consecutivos recordes mensais no total de participantes ativos reafirmam o forte interesse do consumidor brasileiro pela modalidade. Também o acumulado de novas cotas comercializadas, de janeiro a agosto, atesta o crescimento da essência da educação financeira junto aos consorciados, que planejam e gerenciam suas finanças pessoais, familiares, profissionais e até empresariais”, pontua Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

Em agosto, o tíquete médio mensal apontou retração. Dos R$ 68,90 registrados naquele mês do ano passado, houve redução de 10,3% para os atuais R$ 61,82.

Na somatória das contemplações acumuladas nos oito meses, houve aumento de 9,0%. Das 905,39 mil (jan.-ago /2021) o acumulado saltou para 987,27 mil (jan.-ago./2022). Os créditos potencialmente disponibilizados para os diversos mercados, relativos aos consorciados contemplados subiram de R$ 41,82 bilhões (jan.-ago./2021) anteriores para os atuais R$ 44,85 bilhões (jan.-ago./2022), com alta de 7,2%.

O número de consorciados contemplados, 987,27 mil, inclui 437,78 mil de motocicletas; 384,41 mil de veículos leves; 62,80 mil de imóveis; 39,68 mil de veículos pesados; 32,15 mil de eletroeletrônicos e 30,45 mil de serviços.

“Como perspectiva para o final do ano, estimamos que o sistema de consórcios deva seguir prosperando, mês após mês, ampliando de forma gradativa e consolidada a postura amadurecida do consumidor brasileiro que, antes de impulsivamente assumir qualquer compromisso financeiro, tem avaliado sua capacidade financeira, ao planejar o melhor para suas finanças pessoais”, projeta Rossi.

Setorialmente, a potencial participação tem sido expressiva

As potenciais participações dos acumulados de contemplações proporcionaram expressivas contribuições para os diversos setores em seus mercados internos, ao longo dos oito meses. No automotivo, por exemplo, houve a potencial comercialização de quase um a cada dois automóveis via consórcio. Também significativas, foram as comercializações no setor de motocicletas, ao responder potencialmente por pouco mais de uma a cada duas motos geradas por créditos concedidos.

No segmento de veículos pesados, com destaque para o transporte e o agronegócio, o consórcio assinalou sua presença ao propiciar, de forma econômica e planejada, a renovação ou ampliação de frotas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade.

Passadas seis décadas de história, desde quando o sistema de consórcios foi implantado, em razão da inexistência de linhas de crédito para aquisição de veículos produzidos pela então recém-instalada indústria automobilística, “pode-se observar a importância dos consórcios ao impulsionar os diversos elos da cadeia produtiva e contribuir, direta e indiretamente, para o planejamento da produção, comercialização e desenvolvimento dos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços”, assinala Rossi.

Nos oito meses, os indicadores validaram a participação dos consórcios na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos nas contemplações e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, verificou-se que o mecanismo marcou 36,5% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 51,0% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 32,4%.

No acumulado dos sete meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 12,8% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Momento e Perspectivas

Com as recentes deflações verificadas no IPCA, a inflação, acumulada nos últimos doze meses, até agosto, atingiu o patamar de 8,73%, considerando alcançar a mais nova projeção de 6,3%, aliada à nova expectativa de crescimento do PIB para 2,7%. Assim, já sentindo a entrada gradativa dos mais de R$ 40 bilhões em benefícios sociais na economia, a redução do índice de desemprego que já caiu para um dígito, a probabilidade é de maior consumo, tendência de menor inadimplência e de continuidade de crescimento em diversos segmentos.

Neste cenário, ao ponderar os aspectos positivos da economia, incluindo taxa de juros, movimentos diários do dólar e perspectivas político-eleitorais, “acreditamos na sequência da evolução das vendas mensais de novas cotas do sistema de consórcios até o final do ano, sempre confiando nas acertadas decisões financeiras dos consumidores”, traça Rossi.

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