13 de setembro de 2020
A ditadura de beleza ainda continua

Se você como eu nasceu no século passado já ouviu muito sobre padrões de beleza. Em cada década se elegia um padrão “perfeito” de beleza a ser seguido. Tudo gerava em torno desse modelo do belo e diziam a todas nós que teríamos que alcançá-lo para ser feliz. Minhas referências de beleza começaram no final dos anos 80 e começo da década de 90 com Brooke Shields, do filme A Lagoa Azul, as supermodelos Cindy Crowford, Naomi Campbell, Linda Evangelista e Claudia Schiffer e as apresentadoras Xuxa e Angélica. E o padrão de “perfeição”continuou com Gisele Bünchen, virou o século com a atriz Angelina Jolie e a cantora Beyouncé e está até hoje ditando que estética temos que seguir.
Muitas mulheres deixaram de ser elas mesmas pra se encaixar nesse padrão. Não é a toa que o Brasil é o segundo no ranking de cirurgia plástica e de cirurgiões também, só perde para os Estados Unidos. Isso é reflexo da constante busca da beleza do outro. A busca por se parecer como o outro, o desejo de ser feliz como o outro. Quando não alcança esse padrão (nem tem como alcançar porque é a beleza do outro e não a sua), vem as frustrações, baixa da autoestima, depressão, transtorno de ansiedade, transtorno alimentares como: bulimia e anorexia e por ai vai. Um exemplo ligado a imagem pessoal é o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), é uma doença onde a pessoa tem um foco obsessivo em um defeito que considera ter na própria aparência. O defeito pode ser pequeno ou imaginário. Mas a pessoa pode passar horas por dia tentando corrigi-lo. A pessoa pode experimentar muitos procedimentos estéticos ou se exercitar em excesso.

Beyoncé

Brooke Shields

Cindy Crowford

Gisele Bünchen

Linda Evangelista

Naomi Campbell

Claudia Schiffer