10 de agosto de 2020
Conselheiros atribuem rombo na Acic à gestão de Geraldo Tia Jô

“Diante dos graves fatos expostos na reunião do Conselho o senhor Geraldo deve ser convocado para prestar esclarecimentos pois existe indícios de gestão temerária. Não podemos correr o risco de sermos coniventes e, além da evidente vacância, seria irresponsável permitir sua volta antes da devida apuração dos fatos” Malber Ferreira – Conselheiro
“Se comprovado tais fatos o senhor Geraldo pode ser punido por infrações previstas no Estatuto, como expulsão da Associação.
O mais grave é uso indevido da receita do Plano de Saúde. Isto precisa ser muito bem explicado, pois poderia indicar apropriação indébita”. Conselheiro Jorge Ayala
“Geraldo foi notificado e tem oito dias para apresentar seus argumentos. Só depois disso a entidade poderá se posicionar de forma definitiva sobre o assunto. Não é prudente fazer nenhum juízo de valor antes de ouví-lo. Enquanto isso o Teixeira segue interinamente na presidência”. Hermes Balula – presidente do Conselho
O ex-presidente da Acic Geraldo Tia Jô teve negado seu pedido para retornar ao comando da Associação Comercial e Industrial de Cubatão. Com isso, o vice-presidente Antônio Teixeira, na presidência desde abril, continua no cargo. Segundo o deliberado e confirmado com o presidente do Conselho, Geraldo Tia Jô tem oito dias para apresentar sua defesa e qualquer tentativa de ato seu como presidente, neste momento, não teria legitimidade.
A justificativa dos conselheiros, avalizada pelos membros da diretoria presentes, foi de que ele perdeu o prazo da solicitação, gerando a vacância no cargo. O entendimento comum foi de que conforme previsto no Estatuto, o seu pedido é intempestivo.
Como a decisão é soberana, Tia Jô precisaria convencer o Conselho a mudar de ideia ou apelar para a Justiça, fora do cargo. Porém a jurisprudência, nestes casos, indica prevalecer a soberania do Estatuto fato que, inclusive, Tia Jô já usou a seu favor em outras oportunidades.
Rombo nas contas
A entidade constou em ata e abriu prazo para Tia Jô se manifestar sobre as desconfianças que indicariam eventual crime de ‘gestão temerária’.
As acusações são de que o comportamento do então presidente à frente da gestão levaram a entidade ao rombo financeiro, antes mesmo do início da pandemia.
Com o afastamento do presidente a tendência de quebradeira geral com a pandemia foi revertida. Apesar de perder sua principal renda (a locação dos salões) a dívida ao invés de aumentar, diminuiu, depois que Tia Jô se afastou da presidência.
Tal fato levou os conselheiros a desconfiarem da seriedade da gestão de Tia Jô.
Tom conciliador
O presidente do Conselho Hermes Babula amenizou o assunto:
“Trata-se de um problema institucional e que será resolvido de forma prudente. É fato que alguns conselheiros levantaram questionamentos com relação à gestão do Geraldo. Ele tem prazo de oito dias para apresentar suas ponderações e não acho prudente fazer nenhuma consideração antes de ouvi-lo. Se apresentar justificativas convincentes, nada impede o Conselho, inclusive, possa rever sua posição”.
Outro lado – Não tem nada a ver
Apesar de afastado desde abril e ter seu retorno formalmente negado, Geraldo Tia Jô disse, por telefone, que ainda se considera presidente da Acic. Ele disse que se reuniu com sua assessoria jurídica e não pretende atender a determinação da entidade formalizada e ata. Sem muitos argumentos para sustentar seu posicionamento finalizou com: ‘isso não tem nada a ver’
Acontece pediu ao presidente que enviasse uma nota por escrito, mas ele pediu que ligássemos para um advogado.