13 de maio de 2019
Economia compartilhada
Plataforma gratuita oferece mais de 77 cursos online
Um estudo da PwC mostra que a economia compartilhada deverá movimentar mundialmente US$ 335 bilhões em 2025 – o número é 20 vezes maior do que o obtido em 2014, quando o segmento foi responsável por US$ 15 bilhões. Parte desse valor estará nas grandes empresas de economia colaborativa, como o Airbnb e a 99, mas também em novos negócios, caso da curitibana Kultivi (www.kultivi.com), uma plataforma de ensino gratuita, que conta com mais de 77 cursos em diferentes áreas, como idiomas, empreendedorismo, medicina e voltados ao Enem e à OAB.
“Após 8 anos no mercado de edição de material didático e cursos preparatórios para concursos, observamos que o modelo de negócios predominante – com os usuários pagando pelos cursos – estava perdendo fôlego. Desse insight, surgiu a ideia de buscar um novo modelo, no qual os usuários contassem com conteúdo de primeira, mas sem a necessidade de pagamento”, afirma Cláudio Matos, um dos sócios da Kultivi, ao lado dos empresários Ricardo Pydd, Emir Conceição e Carlos Siaudzionis.
A Kultivi estima que cerca de 800 mil brasileiros já tiveram conhecimento de seus serviços e aproximadamente 32,5%, o equivalente a 260 mil, efetuaram o cadastro no site. Atualmente, a empresa conta com mais de 140 mil inscritos no canal de Youtube – com avaliações positivas em 98,3%. Por dia, são em média 40 mil usuários acompanhando as diferentes aulas.
“Na plataforma, a maioria dos usuários busca cursos de idiomas, especialmente o inglês”, diz Matos. Uma pesquisa da Catho apontou que somente 5% dos brasileiros falam um segundo idioma, sendo que menos de 3% – o equivalente a 1,5 milhão de pessoas – têm proficiência na língua. Com o domínio de um segundo idioma, o aumento do salário pode chegar a 52%, segundo o levantamento da companhia.
Até o mês de abril, a Kultivi contava com 80 mil alunos no curso de inglês – que oferece 230 aulas e materiais de apoio –, além de 21 mil em espanhol, 18 mil em francês e 7 mil em italiano.
Outro perfil que busca o conteúdo é o de estudantes interessados em realizar provas de exames, como o Enem ou a OAB. “Logo em seguida, aparecem os alunos buscando conteúdo para o Enem. No YouTube, a maioria dos usuários é de estudantes universitários, especialmente de Direito, que buscam as aulas em época de provas e exames para revisar os assuntos”, relata Matos.