07 de julho de 2021
Hemodiálise de Cubatão completa 1 ano
No dia 8 de julho de 2020, há um ano, o Centro de Alta Complexidade, anexo do Hospital de Cubatão, começava o atendimento no Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS). Administrado pela Fundação São Francisco Xavier – FSFX, o funcionamento do novo equipamento simbolizava também o fim de uma história negativa que arrastava há décadas na cidade: o abandonado teatro municipal, que nunca chegou a funcionar.
Antes da inauguração, os pacientes de Cubatão tinham que ir até Santos, Guarujá ou Praia Grande para fazer as sessões de diálise, pelo menos, três vezes na semana. Desde a abertura, foram 2.600 diálises e 55 pessoas atendidas. “Nosso compromisso sempre foi levar cada vez mais assistência segura e humanizada à comunidade de Cubatão. A falta de uma Hemodiálise aqui era uma deficiência enorme. Ficamos felizes em celebrar este primeiro ano junto com a população”, comemora a Superintendente da FSFX, Dra. Ana Rosa dos Santos.
Tratamento renal
Derly Muniz Viana, de 57 anos, é um dos pacientes que faz tratamento no local desde o início das atividades. “Faço diálise há 2 anos e meio. Antes de vir para cá, há um ano, ia de van até o Santo Amaro, no Guarujá. Demorava cerca de duas horas para ir e, duas para voltar. Hoje, me sinto em casa”, explica.
Para auxiliar no tratamento, o Hospital conta com uma equipe multidisciplinar. O grupo é formado por nefrologistas, enfermeiros, assistente social, farmacêutica, psicóloga e nutricionista. Para comemorar o primeiro ano de vida, estão previstas sessões “juninas”, com direito a comidas típicas, música e a muita alegria, nesta quarta e quinta-feira.
Com 100% de atendimento pelo Sistema Único de Saúde, o CTRS está localizado dentro do Complexo de Alta Complexidade do Hospital de Cubatão. É um dos grandes orgulhos do Hospital e sinônimo de humanização.
Neste ano, o local foi palco, inclusive, de um casamento. O “sim” da paciente Joanita aconteceu no dia 9 de junho.
A cerimônia fez parte do dia mundial da campanha “O que Importa para Você?”, projeto que surgiu nos Estados Unidos e que vem sendo realizado, desde agosto do ano passado, em as todas as unidades hospitalares da Fundação São Francisco Xavier. O objetivo é realizar desejos de pacientes e aproximá-los ainda mais da equipe médica.
Sobre a diálise
Quando os rins falham, o corpo retém líquido e substâncias tóxicas que deveriam ser eliminadas em forma de urina. Estas alterações podem levar a dificuldade de concentração, sonolência e ainda provocar perda de sentidos (coma). Até que o paciente consiga um novo órgão por meio de um transplante, é necessário recorrer a um tratamento para substituir o trabalho que os rins já não conseguem cumprir.
A diálise é feita com a ajuda de um dialisador. Durante o processo, parte do sangue é retirada e entra em contato com soluções especiais, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente. Em geral, isso precisa ser feito três vezes por semana, com duração de quatro horas. “A diálise não é o fim, ela é o recomeço para esse paciente, para mantê-lo saudável, com uma vida produtiva e reinserido na sociedade”, ressalta Dra. Rosina Dal Maso, médica nefrologista da FSFX.