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Jornal Acontece

28 de julho de 2020

Mais de 1,6 milhão de pessoas já se recuperaram da Covid-19 no Brasil

 | Jornal Acontece

Até o último dia 27 o Brasil já tinha registrado a recuperação de 1.634.274 pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus. Os casos confirmados no país já ultrapassam os 2,4 milhões. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em todo o mundo mais de 16 milhões de pessoas ficaram doentes por causa do novo vírus e mais de 7,4 milhões se recuperaram. A taxa de letalidade, no entanto, continua alta. Por aqui, já foram mais 87 mil óbitos, uma taxa de 3,7%. No restante do planeta, mais de 646 mil perderam a vida na pandemia.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença está presente em 97,4% dos municípios brasileiros e os óbitos foram registrados em mais de 3 mil deles (55%). Em 949 cidades do Brasil ocorreu apenas uma morte confirmada por conta da Covid-19.

O estado que mais registrou pacientes recuperados foi São Paulo, com mais de 328 mil em quase 484 mil casos confirmados. Logo em seguida estão Ceará, com cerca de 136 mil e Rio de Janeiro e Pará, com pouco mais de 134 mil cada um. Os estados com menor índice de recuperação são Piauí, com pouco mais de 2 mil, Roraima, com quase 9 mil e Acre, recuperando aproximadamente 10 mil pessoas. Vale ressaltar que estes últimos estados têm uma população menor e, além disso, uma menor incidência. O estado nordestino, por exemplo, confirmou pouco mais de 46 mil casos em uma população de 3,2 milhões de habitantes, contra os 484 mil diagnosticados em São Paulo, em uma população de aproximadamente 12 milhões de pessoas.

A pandemia foi declarada pela OMS em 11 de março de 2020 e o governo brasileiro vem, desde então, trabalhando com estados e municípios para garantir o atendimento em saúde à população. A maior parte do apoio foi financeira, com verbas extras que fortaleceram a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), além do envio de médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos e aparelhos para o combate ao novo coronavírus. O Ministério da Saúde já enviou mais de R$ 62 bilhões a estados e municípios, além de 15,5 milhões de unidades de medicamentos, 183,4 milhões de EPIs, mais de 12,4 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias em meio aos casos de coronavírus.

Mesmo com todos os esforços e o bom panorama dos casos recuperados, os especialistas alertam que o país continua em estado de emergência de saúde pública e orienta que todos continuem a tomar todos os cuidados. O médico infectologista, Hemerson Luz, explica que a subnotificação não é tão grande como se imaginava, o que foi verificado em regiões com boas testagens, e que pelo menos o número de recuperados até o momento pavimenta um futuro promissor no combate à Covid-19.

“Nós percebemos que entre 80% e 95% das pessoas que contraem o coronavírus vão conseguir se recuperar da Covid-19. Esse é o caminho natural. Nós temos 5% de pessoas que vão ter o quadro mais grave, pessoas que têm comorbidade, ou pessoas em que não entendemos o mecanismo da doença, mas ainda assim vão acabar em uma UTI”, ressalta o infectologista. “A via natural é se recuperar e sair desse quadro com a imunidade garantida. Não sabemos quanto tempo vai durar essa imunidade, mas sabemos que não há casos ainda registrados de uma pessoa contraindo de novo o vírus.”

Mutações

Uma das grandes preocupações no início da pandemia era quanto ao fato de possíveis mutações atrapalharem o trabalho de combate ao novo coronavírus e, consequentemente, a recuperação das pessoas. Segundo Hemerson, já existem subtipos que estão circulando. Aquele que começou na China chegou aqui no continente americano com outras características, mas isso não deve dificultar aquilo que é mais importante no momento, a criação de uma vacina.

“Essas mutações não são significativas a ponto de atrapalhar o desenvolvimento de uma vacina. As principais proteínas que identificam o vírus no organismo para fabricar os anticorpos se mantêm e isso garante uma boa eficácia das vacinas que estão sendo desenvolvidas”, relata o médico. “São mais de 160 pesquisas em vacina atualmente, e com seis delas que têm um potencial muito bom, ou seja, são promissoras. Algumas dessas, inclusive, aqui no Brasil.”

O trabalho continua

O fato de o número de recuperados no Brasil ser promissor não exime as pessoas de continuarem a se preocupar com a pandemia. Segundo a OMS, além dos idosos, as pessoas com comorbidade, entre elas hipertensão, doenças cardíacas, doenças pulmonares e obesidade são mais suscetíveis à doença, mas o infectologista alerta que isso não quer dizer que as outras pessoas estão livres da Covid-19. Além de todos, independentemente da idade, correrem risco de serem infectados, é equivocada a visão de que a taxa de letalidade é baixa.

“Temos 3% de letalidade. Quando você pensa em 3% de mil pessoas pode parecer pouco, mas 3% de um milhão de pessoas é um número muito grande de indivíduos que vão evoluir ao óbito. As pessoas com comorbidade têm um maior potencial de evoluir com complicações e parar na UTI, mas existem casos, que não estão explicados por ser uma doença nova, de jovens que evoluem para o óbito, com complicações que levam a internações longas em UTI. E não sabemos bem a explicação desses casos de pessoas mais jovens”, alerta o médico.

 

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