Fale com a gente

|

Tempo

Compra: R$

Venda: R$

Jornal Acontece

10 de novembro de 2021

No mês da campanha “Novembro Azul”, psicóloga fala da importância da quebra de tabu em relação ao tema

 | Jornal Acontece

Profissional ainda comenta que os medos que rodeiam a doença podem ser explicados pelo fato dos homens, em geral, darem grande importância à sua atividade sexual

 

De acordo com Instituto Brasileiro de Câncer (INCA), no Brasil, cerca de 66 mil homens são diagnosticados com câncer de próstata a cada ano. Apesar do alto número e das frequentes campanhas em relação à importância da prevenção contra a doença, que é silenciosa e pode levar à morte, o preconceito em relação ao exame de toque (uma das formas de diagnóstico) ainda é um tabu que precisa ser quebrado.

 

“O preconceito associado ao exame de toque faz com que os homens não busquem atendimento e, consequentemente, a prevenção necessária. É um preconceito proveniente de uma cultura em que os homens se recusam a fazer o exame, em uma tentativa irracional de preservar sua masculinidade”, comenta a psicóloga e especialista em sexualidade humana Gabriele Costa.

 

A campanha “Novembro Azul” teve início em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença que atinge a população masculina. No Brasil, as ações começaram em 2008 e foram trazidas pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Urologia. A primeira campanha teve como lema “Um Toque, Um Drible”, de modo a criar consciência sobre o câncer de próstata, derrubar o preconceito e incentivar os homens a passar por uma consulta e fazer o exame, se necessário. “Esse é um tema rodeado de medos e impactos psicológicos, que podem ser explicados pelo fato dos homens, em geral, darem mais importância à sua atividade sexual do que a outras atividades realizadas na sociedade”, afirma Gabriele.

 

A especialista alerta, ainda, que é comum que, quando ocorre o diagnóstico da doença, a saúde psicológica do paciente também seja afetada, uma vez que esse diagnóstico relaciona-se com a disseminação da doença, o que poderia levar à morte, como também, pode implicar na necessidade de mudança no comportamento sexual. “O medo da disfunção sexual, seja essa transitória ou permanente, ameaça a autoestima dos homens com o diagnóstico, fragilizando-os e podendo levá-los à depressão, ansiedade, tristeza e à irritabilidade”, afirma.

 

A psicóloga destaca também que todas as doenças quando descobertas no curso inicial facilitam o tratamento e as chances de cura são maiores, além disso, são evitados muitos danos e sofrimento. “Os homens não vão ao médico com a mesma frequência que as mulheres, e costumam justificar-se dizendo que são muito ocupados ou que realmente têm medo de descobrir uma possível doença. Porém, a única forma de evitar complicações é através do diagnóstico precoce. Por um preconceito, eles deixam de descobrir problemas que poderiam ser facilmente tratados”, finaliza.

Publicidade
Publicidade
NOTÍCIAS RELACIONADAS

10 de novembro de 2021

Chocolate light, diet ou zero? Nutricionista ensina a escolher ovos de Páscoa

Leia mais

10 de novembro de 2021

São Paulo: estado vai ganhar 291 Unidades Básicas de Saúde

Leia mais

10 de novembro de 2021

Dengue: cidade de São Paulo decreta estado de emergência

Leia mais
Publicidade
Publicidade
Desenvolvido por KBRTEC

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies e os nossos Termos de Uso.