A Nova Unidade de Saúde da Mulher da área insular recebeu, neste sábado (15), a primeira ação do 4º Mutirão do Implanon, que contemplou 79 adolescentes de 15 a 17 anos, em um espaço climatizado, com oito consultórios e recebendo toda a assistência da equipe da unidade. A ação contou com a presença da secretária da Saúde, Michelle Santos, da vice-prefeita, Sandra Conti e da deputada federal Solange Freitas.

 

Primeiro, as adolescentes realizaram teste rápido de HIV, sífilis e de gravidez. Em seguida, participaram de uma aula que abordou temas como: métodos contraceptivos (camisinha, diafragma, hormonais, DIU, métodos cirúrgicos), informações sobre o implanon – ressaltando que ele previne apenas contra a gravidez e que é um dos métodos mais seguros, com 99% de eficácia e duração de três anos -; e desmistificando alguns ditados sobre o implante, como por exemplo, que ele aumenta a incidência de acne, aumenta o peso ou que deixa a mulher mais suscetível à osteoporose.

 

Finalizando a aula, os profissionais mencionaram as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), enfatizando que o implanon não tem a função de prevenir contra as infecções, mas sim o preservativo.

 

Após as etapas, foi feita a aplicação. A adolescente Kauanny da Silva Naro, de 16 anos, ressaltou o motivo de escolher o implanon como método contraceptivo: “Achei uma forma mais segura de prevenir a gravidez indesejada, mas continuo usando o preservativo, porque ele impede a contaminação de infecções sexualmente transmissíveis”.

 

“Eu preferi esse método, porque eu utilizava a injeção anticoncepcional e era um pouco desconfortável para mim. Com o implanon, eu coloco uma vez e estou protegida por três anos”, pontuou Ana Luisa Polsomi, de 16 anos

 

Quem estava acompanhando Ana era a sua mãe, Jaqueline Polsomi, que enfatizou a importância do mutirão: “Acho que é muito importante conscientizar a população e as adolescentes da Cidade. Fui mãe muito nova, e tenho certeza que se tivesse uma ação como essa, não só com a aplicação, mas também com a aula, provavelmente não teria sido mãe tão cedo”.

 

“Das mulheres grávidas no Município, 13% eram adolescentes. Hoje, graças ao trabalho da equipe da saúde e do mutirão do implanon, conseguimos reduzir para 10% e o nosso objetivo é diminuir ainda mais a incidência de uma gravidez não planejada. Quero agradecer à deputada federal Solange Freitas por ter enviado, pelo segundo ano, recurso para a realização do mutirão, equipe da Saúde da Mulher e dos alunos da Universidade Lusíadas”, salientou Michelle Santos, secretária da Saúde.