Evento no Teatro Procópio Ferreira homenageia Mestre Rafael Rodrigues com apresentações de dança, música e capoeira neste sábado (26)

A cidade de Guarujá será palco de uma grande celebração à cultura afrobrasileira neste sábado (26), a partir das 18h30, no Teatro Procópio Ferreira (Av. Dom Pedro I, 350 – Jardim Tejereba). É quando acontece o Festival “Ubunto 25 Anos”, uma homenagem vibrante aos 25 anos de trajetória do Balé Folclórico AfroKetu e do Centro Cultural Herança de Palmares Omo Oba Zumbi, dois coletivos fundamentais na valorização da cultura negra no município.

A programação reúne expressões artísticas como dança afro, capoeira com orquestra de instrumentos artesanais, maculelê, samba de roda e samba de coco, exaltando a diversidade dos ritmos e saberes transmitidos ancestralmente. O evento também presta uma homenagem especial ao Mestre Rafael Rodrigues (in memoriam), figura central na luta por justiça social e pela valorização da identidade negra na região.

Com apoio da Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), e da Associação Nzo Tumbansi Kwa Ndanda-Nlunda Ye Nkosi, o festival busca valorizar os coletivos culturais como agentes de transformação social, que atuam na preservação da memória, da oralidade e da sabedoria ancestral afrobrasileira.

Além das apresentações, o público poderá conferir o resultado de oficinas voluntárias ministradas por griôs e arte-educadores, e a exibição de um mini documentário com depoimentos de personalidades que ajudaram a construir essa história ao longo de 25 anos.

A entrada é gratuita, com contribuição solidária opcional de 1kg de alimento não perecível. As doações serão destinadas à Casa de Dandara, à Associação Tumbansi Kwa Ndanda Nlunda Ye Nkosi e ao Fundo Social de Solidariedade.

Mestre Rafael Rodrigues: um legado de luta e amor ao próximo

Um dos momentos mais emocionantes da noite será a homenagem a Mestre Rafael Rodrigues, carinhosamente chamado de “Olho de Cobra”. Nascido em 4 de junho de 1983, ele foi militante do movimento negro e defensor dos direitos sociais, representando Guarujá em fóruns e conselhos locais e nacionais.

Rafael faleceu em março de 2020, durante os deslizamentos de terra no Morro da Bela Vista, ao tentar salvar vidas. Sua atuação com a juventude, nas rodas de capoeira e espaços culturais, deixou um legado que continua inspirando gerações.