Nossas escolhas alimentares vão muito além da simples fome física. Antes mesmo de pegarmos um garfo, uma complexa rede de pensamentos, emoções e crenças já está em ação, influenciando cada decisão sobre o que comemos. Entender essa intrínseca relação entre a mente e o prato é fundamental para construirmos hábitos mais saudáveis e conscientes.

            Você já notou como o estresse pode levar a desejos por alimentos ricos em açúcar e gordura? Ou como a alegria pode nos fazer optar por refeições leves e nutritivas? Isso não é coincidência. Nossos estados emocionais, que são produtos diretos dos nossos pensamentos, desempenham um papel crucial em nossas escolhas alimentares. Quando estamos ansiosos, por exemplo, o corpo busca conforto em alimentos que liberam dopamina, o hormônio do prazer, muitas vezes encontrados em ultraprocessados.

            Além das emoções, nossas crenças e experiências passadas moldam profundamente nossos hábitos. Se crescermos ouvindo que “comer tudo do prato é sinal de boa educação”, podemos ter dificuldade em reconhecer e respeitar nossa saciedade. Da mesma forma, dietas restritivas do passado podem gerar um ciclo de privação e compulsão, onde a mente se fixa naquilo que é “proibido“, tornando ainda mais difícil fazer escolhas equilibradas.

IMAGINE A EXPERIÊNCIA QUANDO VAMOS A UM SUPERMERCADO:

            Mesmo antes de chegarmos ao supermercado, nossos pensamentos já predefinem o que vamos comprar, certo? A publicidade, as tendências de saúde, a própria fome e até mesmo as opiniões de amigos e familiares influenciam nossas percepções sobre o que é “bom” ou “ruim” para comer. No momento da compra, o cérebro processa rapidamente informações sobre preço, praticidade e aparência, muitas vezes priorizando a gratificação imediata.

Na cozinha, a mente continua a exercer seu poder. Pensamentos como “não tenho tempo para cozinhar” ou “não sou bom na cozinha” podem nos levar a optar por refeições prontas e menos nutritivas. Por outro lado, a intenção de comer de forma mais saudável, a busca por novas receitas e o prazer de preparar a própria comida podem transformar completamente nossa relação com os alimentos.

Cultivar uma relação Consciente com a comida e reconhecer que nossos pensamentos possuem força que atuam nas nossas escolhas alimentares é o primeiro passo para uma mudança positiva.

Você deseja descobrir como cultivar uma relação mais consciente com a comida? Então abra a sua mente, pois na próxima matéria você aprenderá sobre os passos importantes para iniciar todo este processo.