Durante o Fórum Aliança Sustentável (FAS), a diretora do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Andrea Cancela, ressaltou a importância da cidade na articulação das políticas públicas nacionais ligadas à ciência oceânica, pesquisa polar e economia azul.

“Nosso papel é coordenar políticas baseadas na melhor ciência. Quem executa são as universidades e os municípios. Por isso, estar na baixada santista é fundamental, porque é aqui, na ponta, que as ações acontecem”, afirmou Cancela em sua participação no painel.

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Década da Ciência Oceânica e Plano Nacional

A representante do MCTI explicou que o Brasil está inserido na Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030), iniciativa da ONU que busca integrar ciência, sociedade e governos em prol da preservação dos oceanos.

Segundo Cancela, o ministério coordena o Plano Nacional da Década da Ciência Oceânica, construído de forma participativa em todas as regiões do país. “É um processo de escuta com municípios e populações locais, para garantir que as políticas públicas reflitam as particularidades regionais”, destacou.

Economia Azul e Conferência de 2027

Outro ponto enfatizado foi a Estratégia Nacional para a Economia Azul, atualmente em construção com prazo de conclusão até 2027. A proposta é incluir todas as atividades relacionadas ao mar — econômicas, sociais e ambientais — dentro de um planejamento de longo prazo para o desenvolvimento sustentável.

Andrea também anunciou que o Brasil será sede, em 2027, da Conferência da Década da Ciência Oceânica, no Rio de Janeiro, reunindo representantes de diversos países. “Será a oportunidade de mostrar ao mundo o que estamos fazendo aqui. As escolas, as crianças e os professores devem ser protagonistas nesse processo, aprendendo e ensinando a importância do oceano, mesmo para quem nunca viu o mar”, afirmou.

Cubatão no centro da transformação

A participação no FAS foi destacada como exemplo de sinergia entre ciência, política pública e municípios. Andrea reforçou que Cubatão, tradicional polo industrial e hoje símbolo de reconversão verde, tem papel essencial nesse movimento.

“Se não houver alinhamento com os municípios, nada funciona. O que se pensa em Brasília só se torna realidade quando encontra eco aqui, na base”, concluiu.

A fala de Andrea Cancela reforça a conexão do Fórum Aliança Sustentável com os grandes temas globais da sustentabilidade, projetando Cubatão e a Baixada Santista como territórios estratégicos para o futuro verde do Brasil.