Um dos maiores símbolos da história do transporte santista vai ganhar nova vida. O Bonde 38, fabricado em 1911 na Escócia e parte do sistema original da cidade, iniciou nesta quinta-feira (4) um processo completo de revitalização.

O veículo deixou a garagem dos elétricos, no Terminal do Valongo, em direção à sede da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), na Vila Mathias. O trajeto, realizado em reboque e em baixa velocidade, chamou a atenção de quem passava pelas ruas, lembrando os tempos áureos em que o bonde transportava centenas de passageiros pela cidade.

De acordo com o gerente da Linha Turística, Marcos Rogério do Nascimento, a restauração será realizada no pátio da CET, próximo à carpintaria da companhia. “A proximidade facilita a produção das peças em madeira, a confecção dos assentos, a substituição de cobertura e piso, além da instalação de novas rodas e testes necessários. Isso garantirá mais agilidade na entrega do veículo restaurado”, explicou.

Recuperação histórica e inovação

O objetivo é devolver o Bonde 38 à frota turística com as características que possuía na década de 1950, preservando sua essência elétrica. Além disso, o veículo deve ser o quarto bonde da frota a receber placas de energia solar, e há estudos para que seja adaptado com acessibilidade.

“O Bonde 38 vai voltar a ser elétrico, como no passado, mas com inovações que reforçam nosso compromisso com sustentabilidade e inclusão”, destacou o engenheiro.

Linha turística em operação

Atualmente, a linha turística de Santos conta com seis bondes em circulação, de terça a domingo. As saídas acontecem a cada 30 minutos (de terça a sexta e aos domingos) e a cada 20 minutos aos sábados.

Os ingressos custam R$ 7,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1). Estudantes, professores, idosos e pessoas com deficiência pagam meia-entrada (R$ 3,50). Crianças menores de cinco anos no colo não pagam.