O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez um pedido público de desculpas nesta segunda-feira (6) após a repercussão negativa de uma fala considerada infeliz durante coletiva de imprensa sobre a crise das bebidas adulteradas com metanol.

 

Durante a entrevista, ao ser questionado sobre as ações do governo, Tarcísio afirmou:

 

“Eu vou me preocupar no dia que começarem a falsificar Coca-Cola.”

 

A frase gerou forte reação nas redes sociais e entre familiares das vítimas, que consideraram a fala desrespeitosa diante da gravidade do problema. O estado enfrenta uma onda de intoxicações e mortes causadas pelo consumo de bebidas adulteradas, vendidas em bares e comércios informais.

 

 Pedido de desculpas público

 

Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador reconheceu o erro:

 

“A brincadeira foi infeliz e não cabia naquele momento. Peço perdão às famílias que perderam entes queridos, aos comerciantes que sofrem com o problema e à população que espera ações firmes do Estado.”

 

Tarcísio afirmou ainda que as operações de fiscalização estão sendo intensificadas em todo o estado, com o apoio da Polícia Civil, Procon e Vigilância Sanitária.

 

“Seguiremos atuando com firmeza para combater os responsáveis por esse crime e garantir segurança à população.”

 

 Crise do metanol em números (dados atualizados)

 

Casos confirmados: 18

Mortes confirmadas: 3

Casos em investigação: 158

Casos descartados: 85

Prisões realizadas: 20 suspeitos detidos por adulteração

Apreensões: centenas de garrafas e barris de bebidas com traços de metanol foram recolhidos em operações conjuntas.

 

As vítimas confirmadas são duas na capital paulista e uma em São Bernardo do Campo. Outras mortes suspeitas estão sendo analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz.

 

 

Municípios com casos confirmados

 

 • São Paulo (capital)

 • São Bernardo do Campo

 • Mauá

 • Santo André

 • Campinas

 • Guarulhos

 

A Vigilância Sanitária reforça que nenhuma bebida sem rótulo, selo fiscal ou procedência conhecida deve ser consumida, e orienta a população a denunciar locais suspeitos.

 

O que está em jogo

 

Especialistas apontam que o metanol, produto químico altamente tóxico, não deve ser utilizado em bebidas. Mesmo pequenas quantidades podem causar cegueira, danos neurológicos e morte.

 

A crise reacende o debate sobre fiscalização de produtos clandestinos, educação do consumidor e a responsabilidade do poder público na prevenção de tragédias evitáveis.

 

 

Comunicação em tempos de crise

 

A repercussão da fala do governador mostra como a empatia e o tom correto da mensagem são fundamentais para líderes públicos.

 

“Em momentos de dor coletiva, a sociedade espera sensibilidade e clareza. Uma frase infeliz pode ofuscar todo o trabalho de enfrentamento”, avalia o jornalista e analista político Cido Barboza, editor do Portal Acontece.

Conclusão

 

A crise do metanol expõe a urgência de ações integradas entre governo, comerciantes e consumidores. O pedido de desculpas de Tarcísio foi visto como um gesto necessário, mas o desafio maior permanece: restaurar a confiança da população e evitar novas tragédias.

 

O que fazer?

 

✅ Compre bebidas apenas em locais confiáveis

✅ Verifique o selo fiscal no gargalo da garrafa

✅ Desconfie de preços muito baixos

 

📞 Denuncie locais suspeitos: Disque 181