18 de abril de 2022
Sobrecarregar benjamins e tomadas pode gerar incêndios, afirma especialista
Engenheiro Eletricista da Anhanguera alerta sobre cuidados que podem prevenir acidentes domésticos
A solução costuma ser a mesma: na falta de tomadas para ligar eletrodomésticos, é comum utilizar benjamins para dar conta de acionar todos os aparelhos necessários para o dia a dia. A venda desse produto, também conhecidos como “T”, é autorizada no Brasil, mas seu uso requer cuidados especiais para evitar choques, acidentes domésticos e até mesmo incêndios.
O docente do curso de Engenharia Elétrica da Faculdade Anhanguera, professor Adalberto Catalano, afirma que não é recomendado utilizar vários eletrônicos em uma mesma tomada, projetada para suportar apenas uma carga determinada de corrente, que pode variar entre 10 ou 20 amperes. “O melhor caminho é procurar um profissional para instalar novos pontos na residência. Se não houver outra opção, é importante ater-se a alguns detalhes para utilização correta dos benjamins”, completa.
O primeiro cuidado, segundo o especialista, é o de avaliar a qualidade do adaptador e verificar se o item leva o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estampado. “Não vale a pena investir em um modelo com a base de plástico instável, por exemplo, ou pinos de metal folgados”, indica o engenheiro. Além disso, é preciso conferir se a capacidade do “T” é compatível com a carga exigida por cada equipamento a ser plugado na tomada, para não gerar sobrecarga.
“Acumular equipamentos em um único ponto, sem capacidade para carga elétrica, possibilita o risco de superaquecimento ou, até mesmo, de um curto-circuito, com muitos fios em contato entre si”, alerta o professor. O docente recomenda atenção aos sinais de que algo está errado, como a queda de energia (por conta do disjuntor no quadro elétrico da residência), danificações nos benjamins ou cheiro de queimado. Nesses casos, é recomendado procurar um profissional com urgência para revisar as instalações.
COMPOSIÇÃO
Na construção dos benjamins, em geral, são utilizados materiais metálicos de baixa condutibilidade, no entanto, os insumos de fabricação como o cobre, o latão, o alumínio, o ferro e itens reciclados são inseridos de forma instável em sua composição e podem aquecer por sua resistência. Dessa forma, os componentes se opõem à corrente elétrica, geram o calor podem provocar um princípio de incêndio.
Com sobrecarga física (acúmulo de equipamentos ligados à peça) e pouca sustentação, os pinos conectados à tomada ficam folgados e resultam na má condução elétrica, o que causa danos. “Se há muitas continuidades plugadas, os disjuntores que são projetados para desligar em curto-circuito podem não funcionar”, alerta o docente. “Uma solução para o problema é utilizar protetores eletrônicos, chamados de filtros de linha, como fusíveis, indutores, varistores, capacitores de filtro e aterramentos que vão interromper a sobrecarga acima dos 20 ampéres”, completa.
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