Muito se fez em nome de Deus ou pela fé. Seja isso positivo ou negativo, a história já mostrou que a fé que professamos está profundamente ligada à forma que nos comportamos em vida. A grande questão é: por que temos tantas pessoas que professam algum tipo de fé e vemos tampouco transformação na sociedade? A Organização Mundial da Saúde – OMS trouxe a infodemia, um conceito interessante que responde esta pergunta: A infodemia, ou seja uma pandemia de excesso de informações que acabam dificultando a descoberta daquilo que é verdadeiro e confiável. Temos muito acesso à informação de tudo, mas acabamos sabendo pouco. 

Com a rapidez com que as informações circulam, na maioria das vezes a falta de uma fé madura e que transforme a sociedade está ligada a falta de profundidade das informações acerca desta fé. Além do excesso de informações, outro problema é a fé que não resulta em ações correspondentes, ou seja, o conhecimento não aplicado. A bíblia, o livro mais lido em todo mundo, declara que, a fé sem obras é morta, o que significa que, se eu tiver fé e não agir de forma correspondente a minha ela, não terá impacto e não vai transformar a sociedade, por isso precisamos refletir se estamos buscando ter conhecimento profundo da fé que professamos e se estamos aplicando o conhecimento que temos para que nossa fé seja madura e transforme o mundo a nossa volta.

Os benefícios da fé são fonte de pesquisa desde os anos 80. Em 2004, o São Paulo Medical Journal, da Associação Paulista de Medicina, publicou uma pesquisa que afirma o poder da fé na recuperação de pacientes com câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS), atesta que a fé influencia na saúde física, mental e biológica. A crença pode diminuir os riscos de diabetes, doenças cardiovasculares, respiratórias, infartos, insuficiência renal e acidente vascular cerebral. Precisamos refletir, quanto mais da fé conhecermos e aplicarmos, possivelmente mais transformados seremos.

Aleff Amorim Almeida é Teólogo e escritor dos livros “Sempre Foi Sobre Jesus” e “Agitadores”.