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Jornal Acontece

28 de novembro de 2023

Museu Pelé, recebe exposição sobre as mulheres no futebol

 | Jornal Acontece
Tem nova atração no Museu Pelé, no Centro Histórico de Santos, a partir desta sexta-feira (1º). Em parceria com o Museu do Futebol, a Casa do Rei abre a exposição “CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol”, em cartaz na sala de exposições temporárias até 31 de março de 2024, de terça a domingo, das 10h às 17h30. A entrada no equipamento turístico é gratuita.
 
 
 
A mostra apresenta a história de resistência das mulheres brasileiras, que foram proibidas por Lei de jogar bola entre 1941 e 1979. Trata-se de uma versão itinerante da exposição montada no Museu do Futebol em 2019, que teve mais de 200 mil visitantes, com curadoria das pesquisadoras Aira Bonfim, Silvana Goellner e Lu Castro, além da ex-jogadora e atual dirigente da CBF Aline Pellegrino.
 
 
A cada cidade por onde passa, “CONTRA-ATAQUE!” ganha um módulo especial sobre a história do futebol de mulheres na cidade. Com pesquisa realizada por Daniela Lima, o módulo contará como as mulheres de Santos que logo se organizaram para jogar bola após a queda do decreto-lei que as impedia praticar futebol.
 
 

 

CONTEÚDO

 
Logo na entrada, o público vai entender o contexto de preconceito e machismo que levou ao decreto-lei assinado pelo presidente Getúlio Vargas proibindo às mulheres “a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”. O ator Antonio Fagundes e a atriz Patrícia Pillar interpretam em áudio cartas publicadas em jornais de 1940, respectivamente contra e a favor do futebol de mulheres, ilustrando como a opinião pública debatia a questão.  
 
 
A exposição mostra como as mulheres brasileiras deram um jeito de continuar jogando mesmo sob a proibição – por exemplo, em partidas disputadas como atrações de circo. Em seguida, os visitantes verão como a modalidade começa a se desenvolver depois que a proibição caiu, em 1979, e especialmente após a regulamentação, em 1983, com muita precariedade e falta de apoio até o final da década de 2010 – basta lembrar que a seleção feminina jogou com os uniformes da masculina até 2019, quando finalmente foi desenvolvido um modelo próprio para mulheres.  
O público verá também um apanhado de frases preconceituosas publicadas pela imprensa e vistas nas redes sociais até hoje sobre mulheres que jogam bola.
 
 
Na instalação audiovisual, as frases são reescritas para deixar de fora palavras negativas e preconceituosas contra mulheres que jogam bola. Uma coleção de jogadas incríveis mostra o jogo bonito desenvolvido por mulheres apesar das adversidades, e deixam claro o que a modalidade poderia ser hoje não fossem as décadas de proibição e falta de apoio.     
 
 

 

FUTEBOL FEMININO EM SANTOS

 
 
O fim da proibição em todo o Brasil aconteceu em 1979, porém a modalidade só foi regulamentada em 1983. Nesse mesmo ano, foi organizado o primeiro Campeonato de Futebol de Salão Feminino na Cidade, com o patrocínio da Companhia Antártica Paulista e do Esporte Clube Itapoã (onde eram realizados os jogos), com a supervisão técnica da Liga Santista. 
 
 
Na década de 1980, era comum que empresas e clubes se organizassem para realizar alguns jogos esporádicos. Equipes da região como o Savoy, do Guarujá, o São Paulino, da cidade de São Vicente, e a equipe local, a Cidade de Santos, participavam desses amistosos. Além do futsal, ocorriam também os Torneios de Futebol de Praia. A maioria das equipes era composta pelos mesmos times de empresas praticantes do futebol de quadra.  
 
 
As universidades também incentivavam as estudantes a formarem suas equipes de futebol de mulheres e realizavam os Jubas — Jogos Universitários da Baixada Santista —, que contavam com a participação das equipes da Faculdade Aelis, dos cursos de Medicina, Odontologia, Tecnologia, da Faculdade de Educação Física de Santos e da Faculdade do Carmo, para citar as mais atuantes. Esses campeonatos movimentavam a Cidade.
 
 
O futebol de mulheres avançou em meados de 1990 na região da Baixada. A Liga Santista de Futsal tomou forma, e os campeonatos começaram a acontecer com mais frequência, agora com a participação de atletas de todas as idades.
A partir de 2000 as Sereias da Vila ganharam protagonismo e realizaram grandes conquistas para o Santos Futebol Clube, como o bicampeonato da Libertadores Feminina, o bi da Copa do Brasil, campeonatos paulistas, entre outras tantas taças levantadas. É toda essa trajetória que o visitante poderá ver de perto no Museu Pelé.
 
 
A exposição conta com Apoio da Rede de Memória do Esporte, parceria do Museu Pelé e da Prefeitura de Santos, e é uma realização do Sistema Estadual de Museus – Sisem e Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo.
 
 
 

SOBRE O MUSEU PELÉ

 
Instalado nos antigos Casarões do Valongo (reconstruídos), no Largo Marquês de Monte Alegre, Valongo, o Museu Pelé apresenta a incrível trajetória de Edson Arantes do Nascimento, o Rei do Futebol. No local, estão expostos documentos, camisas, chuteiras, bolas, condecorações e troféus, entre muitos outros itens do acervo pessoal do ‘Atleta do século 20’. Nos 4.134m² do museu, o público também aprecia áudios, filmes, fotos e textos sobre a história de Pelé.
 
 
Esta iniciativa contempla o item 5 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Igualdade de Gênero. 
Conheça os outros artigos dos ODS https://idsc.cidadessustentaveis.org.br/profiles/3548500/
 
 
Fonte: PMS
 
 
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