Cada vez mais, evidências científicas destacam a importância de abordagens integradas no cuidado de crianças e desenvolvimento em cada fase da infância e em crianças com diagnósticos de transtornos do neurodesenvolvimento (TND), isso torna mais evidente. Estudos recentes, incluindo a cartilha da UNICEF, ressaltam a necessidade e importância do estímulo em crianças em idade precoce para o desenvolvimento neuropsicomotor, além de intervenções multifacetadas que vão além do tradicional ambiente de consultório.

Segundo dados da Universidade de Londres, divulgados pela Fio Cruz, indicam que até 10% da população mundial tem algum transtorno de aprendizagem – como dislexia, discalculia, autismo, desordem de atenção (déficit ou hiperatividade). Ainda segundo dados da OMS até 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam algum transtorno mental. Diante desse cenário, é crucial adotar estratégias que promovam o desenvolvimento saudável e o bem-estar dessas crianças.

Segundo o WWF e matéria da VEJA, os benefícios do contato com a natureza para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças são incontáveis. Pesquisas publicadas no Journal of Environmental Psychology e no Journal of Child Psychology and Psychiatry e a Sociedade Brasileira de Pediatria, indicam que a exposição à natureza pode reduzir os sintomas de transtornos do neurodesenvolvimento, melhorar a concentração, diminuir os níveis de estresse e promover uma maior interação social.

Além disso, o cuidado integrado, que envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos, é fundamental para garantir uma abordagem abrangente e eficaz. Um estudo publicado pelo Núcleo de Ciência pela Infância descobriu que crianças no geral que receberam cuidado integrado mostraram melhorias significativas em diversas áreas, incluindo habilidades sociais, linguagem e autonomia.

A Helper Assessoria é uma instituição que desenvolve esse trabalho. Nascida na pandemia, movida por uma percepção e uma necessidade, a diretora Tatiana Novaes, deu um passo em direção ao desenvolvimento do cuidado integrado entre profissionais e em busca de uma alternativa fora da sala clínica e menos engessada. Através do brincar e em um ambiente propício e acolhedor, como o quintal de casa. Fonoaudióloga de formação, Tatiana, acredita que as crianças se desenvolvem com maior autonomia e enfatiza a importância de adotar abordagens integradas e inclusivas no cuidado, para ela cada criança é única, e uma abordagem individualizada que considera suas necessidades específicas é essencial para promover seu desenvolvimento pleno. 

Para Tatiana Novaes, “em 4 anos de Helper pudemos assistir uma evolução muito grande das crianças, principalmente nas áreas de socialização, através do lúdico, do contato com a natureza- o que nos torna diferenciais, da liberdade e da criação de vínculos verdadeiros- identificamos um prazer genuíno ao chegar na terapia, algo que muitas vezes não ocorre no método tradicional”.