22 de outubro de 2024
Advogada Atua como Intermediária para Líder de Facção Preso.
Em uma operação que visa desarticular um sofisticado esquema de apoio a facções criminosas, a Polícia Federal identificou uma advogada que desempenhava o papel de intermediária para um líder de facção preso no Distrito Federal. A advogada, segundo as investigações, facilitava chamadas de vídeo e ligações telefônicas, permitindo que o detento mantivesse comunicação com o exterior, incluindo outros membros da organização criminosa.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Distrito Federal (Ficco-DF), em parceria com o Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), cumpre seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão, em Brasília e na Bahia. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
De acordo com a investigação, a advogada simulava estar em conversas com o detento durante videochamadas, quando na verdade conectava terceiros para que se comunicassem diretamente com ele. Esse serviço, que incluía o envio de mensagens de áudio, era vendido por aproximadamente R$ 150.
Pelo menos cinco advogados e um estagiário de direito foram identificados como parte do esquema, revezando-se no atendimento às demandas do líder faccional. Eles são acusados de atuarem fora dos limites legais de suas funções, promovendo as atividades da facção criminosa.
O líder preso utilizava esse sistema não apenas para manter sua própria comunicação, mas também para organizar contatos externos para outros detentos, com o objetivo de expandir a influência da facção e recrutar novos membros.