Na tarde de ontem (08/10), a Polícia Civil de São Vicente realizou uma operação no centro da cidade em uma adega que também funcionava como ponto de prostituição e possível tráfico de drogas.
Apesar de a investigação inicial não detectar crime de drogas no local, os agentes encontraram 25 garrafas de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa — licores, cachaças, tequilas e outros destilados — que agora serão periciadas em busca de adulteração.
Segundo relatos, uma mulher e um cliente que consumiram bebidas no estabelecimento passaram mal, o que motivou a ação. O responsável pelo local afirmou que não possuía mais as notas fiscais das garrafas — estas, alegadamente, antigas ou apagadas. Ele foi conduzido à delegacia, tomou depoimento e foi liberado.
Panorama estadual: casos, apreensões e impacto do surto por metanol
Para entender o contexto maior desse tipo de crime, veja os dados mais recentes:
•No estado de São Paulo, já foram notificados 176 casos de intoxicação por bebidas adulteradas: 18 confirmados, 158 em investigação e 85 casos descartados.
•Há 10 óbitos relacionados (3 confirmados, 7 em investigação) — entre eles, mortes em São Paulo capital e em São Bernardo do Campo.
•Investigações revelam que 41 pessoas foram presas em operações estaduais, além do fechamento de fábricas clandestinas e a apreensão de mais de 78 mil rótulos falsificados.
•Em operações recentes na capital paulista, foram apreendidas 117 garrafas suspeitas em bares e adegas. 
•Em mobilização recente, o governo de SP declarou que já apreendeu quase 20 mil garrafas e fez 21 prisões em ações coordenadas.
Esses números mostram que o caso de São Vicente pode estar conectado a uma rede de distribuição muito maior, com escala estadual.
Por que isso importa — e o que você deve saber
•Bebidas adulteradas com metanol são extremamente perigosas: podem causar visão turva, cegueira, falência de órgãos e morte.
•Sintomas aparecem entre 12 e 24 horas após o consumo: náuseas, dores abdominais, confusão mental, alterações visuais.
•Saúde alerta: se sentir algo suspeito após consumir bebida alcoólica — principalmente destilados —, procure atendimento médico imediato e informe o histórico de consumo.
•A Vigilância Sanitária e a Polícia reforçam que bebidas vendidas sem nota fiscal, sem selo, ou com preços muito baixos devem ser consideradas suspeitas.