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14 de julho de 2025

Alunos da EJA lançam livro sobre plantas medicinais em noite de saberes e poesia.

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A noite da última sexta-feira (11) foi marcada pela valorização da sabedoria popular e pelo protagonismo dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da UE Sebastião Ribeiro da Silva, no bairro Tancredo, em São Vicente. Durante o evento “Raízes e Rimas”, os estudantes lançaram um livro autoral com receitas e relatos sobre o uso de plantas medicinais, celebrando um projeto que uniu aprendizagem, cultura e memória afetiva.

 

O ponto alto da noite foi a sessão de autógrafos do livro, escrito com orientação da assistente de direção, Patrícia Lins. A ideia nasceu de forma espontânea: “No início do ano letivo, cheguei resfriada e uma aluna me deu uma muda de planta, explicando suas propriedades. A partir disso, fomos construindo o projeto, que cresceu e se transformou neste evento lindo”, contou Patrícia.

 

A programação contou também com exposição de ervas, degustação de chás, oficina de estamparia em tecido e apresentações de poesia de cordel, coordenadas pela professora Lucilene Lima. “Muitos alunos têm origem nordestina e se identificam com o cordel, o que tornou o processo de alfabetização mais dinâmico e prazeroso”, explicou.

 

Para a diretora da unidade, Sandra Chaves, o projeto representou uma rica troca de saberes: “Eles trouxeram seus conhecimentos para dentro da escola, o que fortaleceu o processo de aprendizagem e valorizou suas vivências”.

 

O evento emocionou alunos como Josefa de Jesus Santos, de 65 anos. “O chá ativa partes do corpo e cura com a força da natureza. A escola me salvou da depressão. Hoje sou outra pessoa”, revelou. Já o pedreiro José Vieira Fontes, também de 65 anos, celebrou a conquista: “Até pouco tempo, eu mal sabia escrever meu nome. Voltar a estudar me transformou. Esse livro prova que nunca é tarde”.

 

Outra aluna, Maria de Lourdes Fontes, de 71 anos, também se emocionou: “Foi uma experiência maravilhosa. Nunca imaginei aprender tanto na escola”.

A arte também teve espaço no projeto. A professora Silvana Bueno Passos, de Artes, propôs uma oficina de estamparia, usando folhas de costela-de-adão para criar estampas em ecobags de algodão cru. “Além de bonito, é algo que pode gerar renda. É uma técnica simples e rápida, que pode ser aplicada em roupas também”, explicou.

 

A secretária de Educação de São Vicente, Michelle Paraguai, prestigiou o evento e participou das atividades. “Projetos como esse são inspiradores, especialmente na EJA. O aluno chega à escola cansado, depois do trabalho, e merece uma aula que transforme. Foi muito significativo ver isso acontecer aqui.”

 

O projeto “Raízes e Rimas” mostrou que a educação vai além do conteúdo formal — ela floresce quando reconhece e valoriza a história, a cultura e os saberes que cada aluno carrega consigo.

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