30 de junho de 2025
Ataques a ônibus na Baixada Santista podem ter sido motivados por desafio viral, afirma vice-governador de SP

Os atos de vandalismo contra ônibus ocorridos na madrugada de domingo (29), em diferentes cidades da Baixada Santista, podem estar ligados a um desafio disseminado pela internet. A informação foi dada pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), durante entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.
Segundo ele, não há indícios de que os ataques tenham envolvimento com organizações criminosas. “Existe uma grande possibilidade de ter sido fruto de algum desafio de internet. Não há relação direta com qualquer outra ocorrência na capital”, destacou Ramuth, que afirmou ter apurado os fatos junto ao diretor do Deinter-6, Flávio Ruiz Gastaldi.
Ao todo, 28 ônibus foram danificados durante a madrugada, sendo 11 em Santos. Em Cubatão, três ônibus de viagem foram apedrejados e um homem de 46 anos ficou ferido após ser atingido. O caso foi registrado na Delegacia Sede do município e a Polícia Civil requisitou exames periciais nos veículos.
Apesar da gravidade dos ataques, o número de boletins de ocorrência formais ainda é inferior aos 28 casos citados. A Polícia Civil aguarda que as empresas vítimas dos ataques formalizem os registros para aprofundar as investigações. “Tenho certeza de que a Polícia Civil vai dar uma resposta efetiva à população. Milhares de pessoas dependem diariamente do transporte público”, reforçou o vice-governador.
Ramuth também negou qualquer vínculo dos episódios com tentativa de roubo ou represália a passageiros. “Não há elementos que indiquem crimes como assalto ou abordagem forçada aos coletivos. Trata-se, ao que tudo indica, de depredação gratuita”, afirmou.
A CET-Santos informou que os veículos danificados foram prontamente substituídos por ônibus reservas e que a operação do transporte público segue normalmente. O Samu não foi acionado para atender feridos no local.
As prefeituras de São Vicente, Bertioga e Peruíbe informaram que não registraram ocorrências semelhantes. A empresa City Transportes, responsável pelos coletivos municipais de Guarujá, também declarou que não houve vandalismo em sua frota.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) segue acompanhando o caso e reforça que a apuração está em curso, com foco na identificação dos autores e das possíveis motivações por trás dos atos de violência.