No dia 06 de setembro é comemorado o Dia do Sexo. A data comercial que brinca com o fator sugestivo, já que é um meia-nove, também se estende para uma oportunidade de falar sobre os ganhos em relação à satisfação para quem pratica. 

 

De acordo com pesquisa recente da Love Life Satisfaction, do Instituto Ipsos, seis em cada dez brasileiros dizem estar satisfeitos com a vida sexual e amorosa. Com 60% das pessoas estando felizes com esse aspecto, o Brasil ocupa apenas a 22º posição do ranking, estando três pontos abaixo da média global, que se estabeleceu em 63%. 

 

Dessa forma, para que cada vez mais pessoas estejam satisfeitas, a melhor coisa a se fazer é abrir tudo. Não apenas da maneira que você está pensando, mas também no que se refere ao diálogo e as informações sobre a prática. Pois além de ser prazeroso, reduz o estresse, melhora a imunidade, a saúde cardiovascular e a qualidade do sono. 

 

“Um gozo libera o que chamo de dose do prazer, dopamina, ocitocina, serotonina e endorfina, hormônios extremamente benéficos a saúde como um todo, o aumento da vascularização também é uma questão a ser avaliada, na equivalência é treinar o aeróbico e sabemos que exercícios aeróbios são indispensáveis para nos manter saudáveis e ativos”, explica a sexóloga Fernanda Purificação.

 

Coisas que não podem faltar na “hora H”

 

Ainda segundo Fernanda, a criação de uma conexão é essencial para que você possa estar inteiro consigo e na mesma sintonia do parceiro ou parceira. Neste momento, a comunicação é fundamental, pois revela os desejos, limites e expectativas. 

 

“Explorar e criatividade, erotizar a relação, estar aberto a experimentar novas coisas pode manter a relação sexual interessante e muito mais prazerosa, lembrando novamente, consentindo sempre”, diz Fernanda.

 

E, nesta hora, a imaginação, posições, fantasias e alguns brinquedos ou produtos podem jogar a favor. E vivendo em tempos em que há um aumento do uso de medicamentos para a melhoria do desempenho sexual, principalmente masculino, alguns produtos naturais podem oferecer satisfação e, ao mesmo tempo, serem mais saudáveis. 

 

De acordo com a Dra. Talita Pavarini, que é especialista em aromaterapia e práticas integrativas, os óleos essenciais acabam aparecendo como um aliado contra a baixa libido, que é importante na autoestima masculina e feminina. 

 

“O uso correto pode potencialmente criar um ambiente sensorial agradável e relaxante, o que pode melhorar a experiência sexual. Aromas como ylang-ylang e rosa são frequentemente associados a propriedades afrodisíacas. E ainda pode-se associar a auto massagem e massagem com óleos essenciais. Desta forma, os resultados são potencializados”, diz ela. 

 

Neste sentido, a especialista afirma que a aromaterapia pode desempenhar um papel na saúde sexual ao ajudar a reduzir a ansiedade, melhorar o humor e, potencialmente, influenciar a libido. De acordo com ela, os óleos são conhecidos por suas propriedades relaxantes ou estimulantes, o que se torna útil na criação de um ambiente propício para a intimidade.

 

“A frequência depende do momento que cada um está. Não é milagre, precisa ter o uso intencional e consciente e para melhorar a libido, vamos entender como estamos. Diminuindo o estresse, a ansiedade, aumentando a autoestima para ter um momento a sós ou acompanhado prazeroso”, ensina. 

 

Um flerte, o toque e produtos especiais: como chegar no ápice do prazer?

 

Para Fernanda Purificação, não há como fugir do desejo, mas é importante que cada pessoa respeite os seus limites e o do parceiro, pois o “depois” pode gerar desconforto para ambos. Segundo ela, a adição de algo novo na rotina também pode ser a chave. 

 

“Comuniquem-se, use o dia como uma oportunidade para ter uma conversa aberta e honesta sobre desejos e expectativas, abram um grupo da sacanagem, no whatsapp, onde só vale encantar, seduzir e flertar seja permitido, erotizem o desejo um pelo outro. Que não envolva apenas sexo, mas também atividades que fortaleçam o vínculo emocional”, aconselha.

 

Em relação ao toque, a Dra. Talita Pavarini explica que ele pode ser um poderoso meio de comunicação não-verbal. A massagem, seja ela aplicada por um parceiro ou como auto massagem, estimula a liberação de ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”. 

 

Para ela, a excitação sexual envolve um processo completo de diversos estímulos sensoriais. Assim, a combinação da massagem com a aromaterapia potencializa os benefícios de ambos os sentidos. Um ambiente onde os aromas envolvem o olfato, enquanto o toque é explorado que fortalece a intimidade e o desejo sexual. 

 

“Durante a massagem, os óleos essenciais podem ser diluídos em óleos carreadores e aplicados diretamente na pele, combinando os benefícios táteis da massagem com os efeitos aromáticos terapêuticos”, finaliza. 

 

Ao final, o importante é estar bem e saber que sentir e dar prazer é uma troca humana essencial. Falar abertamente sobre sexo acaba desmistificando tabus, ajuda no autoconhecimento sobre os corpos e também auxilia no ganho de qualidade de vida de homens e mulheres.