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Jornal Acontece

25 de maio de 2021

Em Cubatão, todo dia é Dia da Indústria

 | Jornal Acontece

Por Rafael Cervone*

Neste Dia da Indústria, 25 de maio, cabe destacar sua importância na área de representação da Diretoria Regional do CIESP de Cubatão, que inclui Bertioga e Guarujá e onde vivem 513 mil pessoas. Trata-se do maior parque do setor na América Latina, com 25 plantas de grande porte. No município-sede, a atividade emprega 26% dos trabalhadores com vínculo formal e paga salário médio de R$ 7.758,67, muito acima dos demais segmentos. Além disso, contribui com 55,48% do Valor Adicionado. Os números, da Fundação Seade – Sistema Estadual de Análise de Dados, mostram por que o PIB per capita local, de R$ 103,74 mil, é um dos mais elevados do País.

 

Essas estatísticas são mais do que suficientes para demonstrar o quanto é prioritário trabalhar pelo fortalecimento e maior competitividade da indústria na região (que é estratégica, considerando o Porto de Santos e seu corredor de exportação rodoviário e ferroviário), no Estado de São Paulo e no Brasil. É uma agenda muito relevante para o País, pois as nações que conseguiram dobrar sua renda média num período de apenas 15 anos foram aquelas que elevaram a participação do setor a um patamar acima de 20% do PIB. Por isso, precisamos vencer as barreiras que continuam dificultando seu avanço, como o atraso do marco legal, insegurança jurídica, burocracia, impostos exagerados, baixa disponibilidade de crédito e todos os fatores referentes ao chamado “Custo Brasil”.

 

Não podemos mais perder tempo. Na década recém-terminada, de 2011 a 2020, o mundo cresceu 30% e o Brasil, apenas 3%. Por isso, teremos de realizar em plena crise da Covid-19 o que negligenciamos há muitos anos, a começar pelas reformas estruturais, principalmente a tributária e administrativa, e adoção de uma eficaz política industrial, para que o setor tracione o desenvolvimento nacional.

 

Os números são incontestáveis quanto ao significado da indústria: apesar de representar 11% do PIB, responde por mais da metade das exportações de bens, 69,2% do investimento empresarial em P&D, 33% da arrecadação de tributos federais, 25% do total nacional de impostos e 31,2% da arrecadação previdenciária patronal; emprega 20,4% dos trabalhadores brasileiros; e é a atividade que mais promove a difusão de tecnologia e produtividade, segundo dados do IBGE.

 

Porém, o setor enfrenta grave perda de competitividade. Estudo do Movimento Brasil Competitivo (MBC) revelou que produzir no Brasil custa anualmente R$ 1,5 trilhão a mais, cerca de 22% de nosso PIB, do que na média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Precisamos reagir de imediato, inclusive mobilizando as empresas, por meio de nossas entidades de classe no Estado de São Paulo – o CIESP e a FIESP –, para influenciar a modernização das leis que regem a economia e a adoção de uma política industrial eficaz e duradoura. Isso é decisivo para o Brasil crescer de modo sustentável, promover aumento e melhor distribuição da renda e alcançar um patamar mais elevado de desenvolvimento.

 

Também é fundamental capacitar os recursos humanos atuais e as futuras gerações para as mudanças em curso e o advento da inteligência artificial, internet das coisas, robotização, machine learning e digitalização da economia, cujo advento foi acelerado pela pandemia. Nesse aspecto, a educação, ainda precária no Brasil, tem missão relevante, fator que demonstra o significado do Sesi-SP e do Senai-SP, vinculados à FIESP, exemplos de excelência no ensino, que prestam serviços inestimáveis aos industriários, suas famílias e a toda a sociedade.

 

Os desafios são muitos. Porém, os industriais são resilientes, capazes de superar adversidades e têm demonstrado muita competência para manter suas empresas vivas e gerar empregos em cenários desfavoráveis. Por isso, apesar das dificuldades atuais e da grave crise relativa à pandemia, celebramos este Dia da Indústria com esperança e a certeza de que o setor será protagonista de um novo e próspero Brasil. Cubatão, Bertioga e Guarujá nos dão motivos para manter esse responsável otimismo.

*Rafael Cervone é vice-presidente da Fiesp/Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

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