Durante o Fórum Aliança Sustentável, a titular de Competitividade e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Júlia Motta, destacou a importância de alinhar sustentabilidade e economia no Brasil.
“Pensar em transição energética e desenvolvimento sustentável não é apenas proteger o meio ambiente, mas também gerar prosperidade. Estudos mostram que esse movimento pode acrescentar R$ 430 bilhões ao PIB brasileiro, criando mais empregos e mais renda”, afirmou.
Segundo Júlia, o Estado de São Paulo tem um papel estratégico nessa agenda. Hoje, concentra 31% dos empregos verdes do país e abriga quase 150 mil empreendimentos ligados à economia verde. “Isso mostra nossa responsabilidade em liderar políticas públicas que mobilizem governo, setor privado e terceiro setor”, ressaltou.
Ela apresentou três frentes prioritárias do governo paulista:
•Desenvolve SP, agência de fomento que oferece crédito acessível para empresas e municípios investirem em inovação, tecnologia e descarbonização;
•InvestSP, que apoia a estruturação de projetos em energia limpa e gestão de resíduos sólidos em diversos municípios;
•SP Produz, programa voltado ao fortalecimento das cadeias produtivas locais com foco em sustentabilidade.
Além disso, o Plano do Clima de São Paulo já mapeou 21 projetos com potencial de atrair R$ 16 bilhões em investimentos privados. Outras ações incluem a meta de universalizar o saneamento básico nos 645 municípios paulistas, reforçando a conexão entre qualidade ambiental, saúde pública e competitividade econômica.
Ao reconhecer o histórico de Cubatão — que passou de cidade marcada pela poluição nos anos 1980 a referência em sustentabilidade —, Júlia lembrou que o exemplo local aponta para um futuro maior. “O que vemos aqui é a demonstração de que a transição é possível. Mas o desafio é coletivo e abrange todo o Estado de São Paulo como vetor de desenvolvimento do Brasil”, concluiu.
A subsecretária também apresentou a representante regional do Governo no litoral, Rosângela, responsável por aproximar demandas locais às políticas estaduais, reforçando o papel do Fórum como espaço de integração entre territórios, Estado e sociedade.