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Jornal Acontece

22 de janeiro de 2024

Estudantes de Medicina de Cubatão prestam atendimento médico em vilarejos de Benim, na África

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Cinco alunos da Universidade São Judas embarcam para a primeira experiência humanitária no exterior promovida pela Inspirali, a Missão África

 

Levar atendimento médico a uma população de extrema vulnerabilidade em Benim, quinto país mais pobre do continente africano, e oferecer a estudantes e docentes da São Judas uma oportunidade de desenvolvimento profissional e humanitário. Esses são os principais objetivos da Missão África, projeto da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país. A Missão acontece de 24 de janeiro a 7 de fevereiro, período em que os missionários visitarão e receberão pessoas de 10 diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie.
 

A expectativa é atender 500 pessoas por dia com serviços de saúde e pequenas cirurgias. O hospital (Centre de Santé de Adjarra), já em funcionamento na região, servirá como base, mas a expedição será dividida em grupos com diferentes atuações, para prestar atendimento aos vilarejos locais. Além de procedimentos cirúrgicos e visitas domiciliares, os missionários também realizarão ações de educação em saúde nas escolas, orientando a população sobre higiene sanitária, escovação, orientação sexual, alimentação, entre outras.
 

A São Judas será representada por 5 alunos que foram selecionados por terem participado e se destacado em edições da Missão Amazônia, também promovida pela Inspirali e com o mesmo objetivo da Missão que será realizada Benin. Os alunos são Graziele Cristina Ignacio, Lídia Santos Oliveira, Lucas Tadeu Albino Moreira Ribeiro, Mariana de Oliveira Modolo e Pamela de Souza Oliveira.
 

“Tive um sonho de que recebia um email dizendo que teria passado para participar da Missão África, mas não acreditava muito porque tinha muitas pessoas boas sendo selecionadas. Aí quando fui olhar o email, estava lá que tinha passado. Para mim, essas missões que via na TV eram coisas muito distantes e agora nem acredito que vou conseguir concretizar.”, conta Graziele Cristina Ignácio, no 10º semestre de Medicina da Universidade São Judas.
 

“Na maioria das vezes, prestamos o atendimento próximo às paróquias do vilarejo, montando uma base, mesmo que improvisada, para que todas as pessoas consigam chegar até nós e tenham a oportunidade de receber assistência”, conta o professor Rodrigo Dias Nunes, diretor médico da regional Sul da Inspirali e coordenador do projeto.
 

Atividades desenvolvidas

Com 50% da população composta por jovens, Benin enfrenta inúmeros problemas. A maioria da população, em extrema pobreza, não possui saneamento básico, pouquíssimos têm acesso à energia elétrica e com acesso extremamente restrito à educação e saúde, já que não possuem escolas ou hospitais públicos. As principais enfermidades que o grupo deve encontrar são doenças prevalentes como hipertensão arterial sistêmica e diabetes melitus, grande prevalência de malária e uma doença endêmica chamada úlcera de Burili.
 

Está prevista a realização de diversas pequenas cirurgias e outros atendimentos. Além do trabalho assistencial, parte da programação da Missão prevê capacitações técnicas em obstetrícia junto às enfermeiras e parteiras locais, com intuito de tentar reduzir as taxas de mortalidade materna e perinatal.
 

Além de estudantes da Universidade São Judas, participarão da Missão cerca de 30 alunos das escolas de Medicina da Faseh (MG), Unisul Pedra Branca e Tubarão (SC), Ages Jacobina (BA), Universidade Anhembi Morumbi Piracicaba e São José dos Campos (SP), Universidade Potiguar (RN), UNIFACS (BA), UniFG Guanambi (BA), além de professores médicos, enfermeiros, um antropólogo e uma pedagoga.
 

A ação é uma atividade prática e de extensão universitária ao currículo da Inspirali em que participam estudantes que já possuem histórico em ações voluntárias, já participaram e se destacaram em alguma das edições anteriores da Missão Amazônia e estão nos dois últimos anos da graduação. “Todos se esforçaram, estão há meses aprendendo a falar francês, que é a língua oficial local, e realizaram diversas ações para arrecadação de medicamentos que serão levados para a Missão. Lá, não entregaremos uma receita para o paciente, entregaremos o remédio diretamente em mãos”, completa Nunes.
 

Cada aluno terá em mãos um sistema de Prontline desenvolvido especialmente para a Missão. Trata-se de um tablet com prontuário eletrônico, cujas informações colhidas irão compor um banco de dados dos pacientes que será, posteriormente, apresentado como modelo para o governo para fortalecer a estratégia de implementação de um Programa de Medicina de Família e Comunidade.
 

Por que Benin?

Dr Rodrigo Dias Nunes é médico ginecologista e obstetra. Há oito anos participa de um trabalho humanitário na África, junto com a ONG Sementes da Saúde, fundada pela irmã Monique Bourget, que integra a comunidade das Irmãs Marcelinas e formada em medicina no Canadá. A ONG tem como missão retribuir uma dívida histórica cultural para com o povo de Benin, de onde o Brasil recebeu cerca de 80% dos escravos que chegaram ao país.
 

A pedido do Vaticano, a irmã Monique vem trabalhando para levar saúde e condições de vida para a população da região, levando médicos para esta experiência de extremo valor humanitário. Lá, montaram um hospital, que hoje presta pequenos atendimentos, mas será inaugurado também para cirurgias e será a base de trabalho para a expedição. Além do hospital, também foi construída uma Casa do Voluntário, com dinheiro proveniente de doações, tendo parte sido arrecadada pelos pais e alunos das instituições da Inspirali, que servirá de alojamento para a expedição.
 

“Com a parceria da ONG Sementes da Saúde, teremos apoio local na articulação com os agentes de saúde do Benin, Ministério da Saúde e Ordem dos Médicos, além da contratualização de serviços locais de saúde junto aos villages. Contamos ainda com o apoio da Embaixada Brasileira em Benin. Sabemos das dificuldades desta operação, mas escolhemos essa região por ser um território conhecido, livre de guerras e com necessidades que estão em consonância com a trilha humanitária dos cursos de medicina da Inspirali”, conta Nunes.
 

“Além disso, com este apoio já estabelecido, conseguiremos também demonstrar as ações da Medicina de Família e Comunidade, com a pretensão de estimular políticas públicas de assistência e educação em saúde, conforme a expertise do currículo integrado da Inspirali”, finaliza.

 

Sobre a São Judas

A São Judas integra o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima de Educação. Com mais de 50 anos de história, é nota máxima no MEC (Ministério de Educação). Com 11 unidades localizadas na Capital, Grande São Paulo e Baixada Santista, conta com mais de 130 cursos de Graduação e Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu. A instituição combina qualidade e acessibilidade, tradição e inovação, com o uso de novas metodologias educacionais, laboratórios multidisciplinares de aprendizagem integrada e programas de desenvolvimento de competências socioemocionais. Além disso, o estudante aprende na prática desde o primeiro dia de aula, em seus mais de 200 laboratórios e núcleos de atendimento à população.

 

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal – e importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG), Irecê̂ (BA), Jacobina (BA), Guanambi (BA) e Brumado (BA).

 

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

 

Fonte: Textual Comunicação
Foto: Canva
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