16 de outubro de 2024
Governo adia volta do horário de verão para 2024, mas avalia retorno em 2025
O governo federal confirmou que o horário de verão não será reintroduzido este ano, mantendo a suspensão da medida que vigora desde 2019. No entanto, o Ministério de Minas e Energia estuda a possibilidade de retomar a prática em 2025, especialmente diante das atuais pressões sobre o sistema energético, causadas pela crise hídrica e o aumento da demanda.
O debate sobre a volta do horário de verão tem ganhado destaque nos últimos meses, com especialistas defendendo seus possíveis benefícios em termos de economia de energia. Durante o final da tarde e início da noite, horários de maior demanda, o deslocamento do consumo poderia reduzir a pressão sobre o sistema elétrico. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu que a medida poderia evitar o uso das termelétricas, cujo acionamento gera custos elevados.
Ainda assim, a decisão final sobre 2025 depende de variáveis como a previsão de chuvas e as condições climáticas. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem reforçado que a volta do horário de verão poderia contribuir para a eficiência do uso de energia, especialmente em um cenário de escassez hídrica.
O horário de verão foi suspenso há quatro anos, após estudos indicarem que a economia gerada já não era tão expressiva, devido a mudanças nos padrões de consumo energético. O maior uso de aparelhos como ar-condicionado, somado a novos horários de trabalho, diminuiu o impacto positivo da medida. Contudo, com o agravamento da crise hídrica e as pressões sobre o sistema elétrico, o governo considera retomar a prática, com base nas recomendações do ONS.
Estudos continuam em andamento, e o governo federal deve tomar uma decisão definitiva sobre o retorno da medida em 2025, levando em conta o equilíbrio entre as demandas energéticas, a sustentabilidade e a modicidade tarifária para os consumidores.