Um adolescente de 17 anos foi baleado na perna por policiais militares, às 23h30 de domingo (24), em Cubatão, durante perseguição a um Jeep Renegade roubado de duas mulheres no Embaré, em Santos. Além do menor de idade, mais dois homens estavam no carro tomado de assalto, dos quais um foi preso e o outro escapou sem ser identificado.

Segundo os PMs, eles já haviam sido alertados sobre o roubo de um Renagade vermelho na Rua Liberdade, em Santos, e da fuga dos ladrões pela Via Anchieta, quando avistaram o veículo trafegando pela contramão da Avenida 25 de Dezembro, em Cubatão. Os policiais acionaram os sinais sonoros e luminosos da viatura, iniciando uma perseguição.

Em alta velocidade, o motorista do Jeep seguiu em direção à Vila Esperança, onde precisou parar devido um congestionamento na Avenida Principal. Nesse momento, ele desembarcou do automóvel e atirou na direção da viatura. Sem serem atingidos, os policiais revidaram os disparos, mas o bandido conseguiu fugir a pé pela comunidade.

Cessado o tiroteio, os PMs se aproximaram do Renagade e se depararam com o adolescente baleado na perna direita no banco frontal do passageiro. Eles acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou o menor de idade ao Pronto-Socorro Central de Cubatão.

Um homem, de 25 anos, ocupava o banco traseiro do Jeep e negou participação no roubo, alegando que apenas havia solicitado uma “carona”. Essa justificativa não convenceu o delegado Pedro Augusto Losada Correia, que autuou o rapaz em flagrante e determinou a sua remoção à cadeia.

O adolescente permanece internado, mas sob escolta policial, porque o delegado determinou que ele seja colocado à disposição do Juízo da Infância e da Juventude após receber alta. Segundo as vítimas, elas foram assaltadas por três homens, porém, não têm condições de reconhecê-los porque não visualizaram os seus rostos.

Viaturas apedrejadas

Os policiais relataram na Delegacia de Cubatão que, devido à demora da chegada do Samu e da iminência de um novo confronto, eles tiveram que sair às pressas da Vila Esperança. Segundo eles, moradores da comunidade passaram a hostilizá-los e arremessaram pedras na viatura que participou da perseguição e em outras, acionadas em apoio. (EF)