Sabe aqueles filmes em que os pais trocam de lugar com os filhos? Já pensou se pudesse fazer isso? As mães das alunas da escola pública de ginástica artística da Prefeitura de Santos experimentaram um pouquinho dessa sensação. Durante duas tardes, no ginásio do Centro Esportivo M. Nascimento (Bom Retiro), elas “enfrentaram” os aparelhos que as filhas tanto adoram como a trave de equilíbrio, cama elástica e outros. E perceberam que pode parecer fácil, mas não é.

 

 

“Às vezes a mãe está na arquibancada acompanhando o treino e fica querendo corrigir algum movimento, achando que o que a filha está fazendo é fácil. Mas aqui na vivência ela percebe que aquele exercício que parece simples, na verdade é muito complicado. Na cama elástica, por exemplo, teve mãe que não conseguiu ficar nem de pé, enquanto as alunas pulam, dão ‘mortais’. Aí elas percebem que não é tão simples e acabam dando mais valor ainda no que as filhas fazem”, explica o técnico Danilo Nogueira.

Foi exatamente isso o que aconteceu com a técnica de enfermagem Márcia Souza, que colocava a mão no rosto para esconder o riso de nervoso. “Meu coração vai sair pela boca. Adorei mesmo participar. Eu achava que era muito fácil. Vê-la de fora é totalmente diferente de estar aqui dentro, presente. Realmente não é fácil, ela está de parabéns”, disse rindo e falando sobre a filha, Sophia Souza Delfino, 13, aluna de ginástica há dois anos.

 

 

Mães e filhas lado a lado seguiram as orientações dos professores na Arena Olímpica da Zona Noroeste. Um dos aparelhos que mais divertiram foi a cama elástica. “Deu para ver que é muito difícil, mas foi muito bacana”, comentou a engenheira civil Lais Souza Gabriel, mãe de Lara, 7.

 

 

A social media Deysiane Oliveira, e a filha Joana Oliveira dos Santos, 11, curtiram juntas a aula em comemoração ao Dia das Mães: “Sensacional! Tudo o que é com ela é superespecial. Mesmo que amanhã eu esteja meio dolorida está valendo” comentou Deysiane.

 

 

Vitória Letícia, 14, admirava cada movimento da mãe na trave de equilíbrio: “É um momento muito bom essa interação entre nós. Gostei bastante”.  A mãe e empresária Iriane Jaci dos Santos, mesmo não sendo esportista, participou de todo o circuito e foi elogiada pelos professores: “Antigamente eu acompanhava mais ela, mas por conta do trabalho, o pai é quem tem acompanhado. Porém hoje eu falei para Vitória que estaria aqui de qualquer jeito. Foi bom demais”.

 

 

Neila Velamis, estudante de Educação Física, deu estrela, andou na trave de equilíbrio, saltou e recebeu o melhor elogio de todos, o da filha Maria Luiza. “Ela foi demais, demais! Melhor que eu”, disse a filha de 11 anos.

 

 

“Participar com a minha filha, desse esporte maravilhoso, foi gratificante. Ela é maravilhosa. Eu sou muito orgulhosa por ser mãe dela”, falou Neila.

 

 

Uma das mais animadas era a dupla formada pela autônoma Lidiane Marqueria, e a estudante Laís Marqueria José, 9: “Eu consigo trazer minha filha às aulas, mas nem todas as mães conseguem acompanhar a todo momento. Muito importante, gratificante essa iniciativa da professora Larissa. Algumas mães que trabalham estavam aqui hoje. Foi muito bom para nós e para as crianças que tiveram a oportunidade de ver a mãe participando, não só sentada na arquibancada”.

 

 

AULA INVERTIDA

A ideia da aula invertida foi da professora auxiliar de ginástica artística Larissa Miranda Querino. “Sempre tentamos incluir os pais nas atividades, principalmente em datas comemorativas. Mas é a primeira vez que fazemos essa atividade específica e eu acho que elas gostaram muito. Já vamos pensar numa próxima. Tem muita mãe pedindo agora para também fazer aula. Infelizmente aqui a gente não tem para os pais, só para meninas e meninos de seis a 15 anos”.