Na manhã desta quinta-feira (3), cerca de 300 manifestantes invadiram o saguão da sede do banco Itaú, localizada na Avenida Faria Lima, um dos principais centros financeiros da capital paulista. O protesto pediu taxação dos super-ricos e isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

A mobilização foi organizada por movimentos ligados à esquerda e teve como alvo a crítica à concentração de renda no país e ao que os manifestantes chamam de proteção dos interesses das elites econômicas por parte do Congresso Nacional.

Durante o ato, os participantes entoaram palavras de ordem como “O povo sem medo, sem medo de lutar, aqui está”, e exibiram faixas com mensagens contra o sistema tributário atual. A Polícia Militar foi acionada e reforçou a segurança no local. Até o momento, não houve registros de confrontos e o protesto seguiu de forma pacífica.

Contexto político e econômico

O protesto acontece em meio a um momento de tensão entre o Executivo e o Legislativo. Uma das promessas do governo Lula é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, mas o avanço dessa pauta tem enfrentado resistência no Congresso, principalmente após a crise envolvendo a derrubada de um decreto que aumentava alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Como reação, o governo levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), judicializando a disputa. Nas redes sociais, integrantes do governo têm reforçado a narrativa de que o Congresso estaria atuando para proteger os mais ricos e dificultar medidas voltadas à redistribuição de renda.

Posicionamento

Até o momento, o Banco Itaú não se manifestou oficialmente sobre a ocupação da sede.