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Wellington Aleixo

Professor e Mestre em Engenharia da Produção, Orientador de Carreira, Apresentador TV POLO, Administrador de Empresa

07 de julho de 2025

O Profissional do Futuro Está Atrasado?

 | Jornal Acontece

Vivemos uma era em que o futuro chega mais rápido do que conseguimos nos preparar. Em meio à transformação digital, à ascensão da inteligência artificial e às mudanças nos modelos de trabalho, uma pergunta inquieta o mercado: o profissional do futuro está atrasado?

A corrida pelas novas competências

De acordo com o Future of Jobs Report 2025, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, 84% dos empregadores na América Latina e Caribe pretendem investir em capacitação interna para suprir a escassez de habilidades técnicas e digitais. No Brasil, a lacuna é ainda mais preocupante: estima-se um déficit de 530 mil profissionais de tecnologia até 2025, com alta demanda por especialistas em IA, computação em nuvem, cibersegurança e linguagens de programação como Python e SQL.

Contudo, o desafio não é apenas técnico. A escassez também atinge competências comportamentais (as chamadas soft skills), como liderança, criatividade, resiliência e inteligência emocional. Pesquisas apontam que essas habilidades terão aumento de demanda superior a 70% até 2030.

FOBO: o medo moderno de se tornar obsoleto

Com esse cenário acelerado, nasce um novo fenômeno no mercado: o FOBOFear of Becoming Obsolete (medo de se tornar obsoleto). Dados recentes indicam que 22% dos trabalhadores nos Estados Unidos já expressam esse temor. No Brasil, embora sem dados oficiais, é visível a insegurança de muitos profissionais frente às transformações impulsionadas pela tecnologia.

Essa ansiedade, se não bem gerida, pode levar à estagnação. Para evitar isso, empresas e profissionais precisam adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo, com ações como treinamentos sob demanda, mentorias entre gerações e planos de desenvolvimento individualizado.

Empresas também estão atrasadas?

Sim. Muitas empresas ainda operam com estruturas rígidas e políticas ultrapassadas que não favorecem a inovação nem o crescimento profissional. Apenas metade das organizações brasileiras investem em cultura de desenvolvimento e inovação. Além disso, segundo o LinkedIn, 50% dos líderes de empresas afirmam não ter tempo ou recursos para implementar programas de desenvolvimento eficientes.

Ao mesmo tempo, soluções tecnológicas têm surgido como aliadas para suprir essa escassez. Realidade aumentada, treinamentos gamificados e plataformas de suporte remoto são cada vez mais usadas para acelerar o aprendizado e ampliar o alcance de especialistas em áreas técnicas.

Um futuro que precisa ser construído hoje

O profissional do futuro, na verdade, precisa ser formado no presente. Não se trata de correr contra o tempo, mas de agir com foco e estratégia. Atualização constante, autoconhecimento, aprendizado multidisciplinar e adaptação às novas exigências do mercado devem fazer parte da rotina de quem deseja se manter relevante.

Empresas que compreenderem essa lógica e criarem ambientes propícios ao desenvolvimento de seus talentos estarão não apenas à frente da concorrência, mas também mais preparadas para os desafios econômicos e sociais que se desenham.


Em resumo: o atraso não está apenas no profissional, mas também nas estruturas que deveriam capacitá-lo. A boa notícia é que ainda há tempo para agir — e o momento é agora.

Por Prof. Me. Wellington Aleixo

Coluna Gestão Empresarial e Carreira – Jornal Acontece

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