Quando você pensa em Chanel, vem a sua cabeça automaticamente: moda, cosméticos, fragrâncias e joias, e claro, a marca elegante, glamourosa e sofisticada. Essa grife conquistou o mundo com produtos de alta qualidade.

 

A grife é uma das marcas de luxo que mais obtiveram sucesso nos últimos 50 anos, e até hoje, a Chanel é um dos principais símbolos de luxo e sucesso.

 

Mas, para a marca chegar onde está, foi preciso muito esforço e dedicação daqueles que estiveram à frente da grife desde que ela foi fundada.

 

Vamos conhecer um pouco da história dessa marca de luxo e o empenho que tiveram para tornar essa marca uma grife dominante do mercado de luxo.

 

Apesar das conotações glamorosas de sua marca e seus designs, Gabrielle Coco Chanel foi colocada em um orfanato aos 12 anos por seu pai, após a morte da mãe. Assim, ela foi criada por freiras que a ensinaram costura e essa habilidade resultou no trabalho e no legado de sua vida.

 

Gabrielle abriu sua primeira loja em Paris em 1910 e começou a vender chapéus, depois abriu lojas em Deauville e Biarritz, a partir daí, começou a fabricar e vender roupas. Ela usou o dinheiro de seus amantes para financiar seus empreendimentos comerciais e nunca se casou.

 

Em um dia frio, Gabrielle fez um vestido com uma camisa velha e, em resposta para muitas pessoas que perguntaram onde ela comprou, se ofereceu para fazer um vestido desse para cada.

 

Coco gostava de cavalos, então era de seu gosto criar roupas adequadas para mulheres usarem ao ar livre, prezando sempre conforto, e nas roupas masculinas também. Esse material de camisa era tipicamente usado por membros da classe baixa, mas aos poucos, passou para a classe alta.

 

Os designs de Coco sempre foram simples, mas com bastante elegância. Ela focou no gosto feminino com blusas, ternos, calças e vestidos, mantendo o foco na simplicidade. Além disso, ela usou muitas cores como azul marinho e cinza, que eram consideradas mais masculinas na época. Isso fez Gabrielle diferente de todos os outros estilistas da época.

 

Na década de 1920, Coco criou o primeiro perfume, Chanel Nº 5, que foi intitulado assim pois foi o quinto perfume que ela testou. Depois de incluir o dono da fábrica e o comerciante na criação, Coco ganhou apenas 10% de cada venda do perfume. Ela fez esforços legais para negociar, mas não obteve sucesso. Apesar disso, ela ainda ganhou muito dinheiro com o Chanel Nº 5.

 

Outro design revolucionário da marca, foi um traje bastante diferente para a época. Introduzido em 1925, o terno Chanel era algo que ninguém nunca tinha visto antes, em mulheres.

 

A figura feminina na década de 1920 usavam, principalmente, espartilhos e outras roupas confinantes e desconfortáveis. O traje criado por Coco pegava emprestado elementos da roupa masculina e tinha o objetivo de trazer conforto para o público feminino também. O terno consistia em uma jaqueta sem gola e uma saia bem ajustada.

 

Em 1926, a marca apresentou seu primeiro vestidinho preto, outro modelo à frente na época. O preto era associado ao luto, mas Coco mostrou que ele poderia ser usado como um traje para usar de noite, considerado chique.

 

Deu tudo certo para a grife, na década de 1930 Coco chegou a desenhar roupas exclusivas para estrelas de cinema de Hollywood, solicitadas por Samuel Goldwyn. Por volta de 1935, ela possuía cinco butiques e empregava cerca de 4.000 trabalhadores.

 

Com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, Coco foi forçada a fechar suas lojas e demitir todos os funcionários. Depois da guerra, Coco deixou Paris e se mudou para a Suíça e, por um tempo, ficou longe do mundo da moda.

 

Esse período durou mais de uma década, até que ela decidiu reabrir a casa de alta costura, em 1954, tendo 71 anos na época. Os críticos foram implacáveis, mas, os designs de Coco conquistaram o mundo novamente. Ela manteve o visual simples e clássico dos anos 20 e desenhou ternos da grife mais clássicos, além das calças boca de sino e outras inovações.

Após a morte de Coco muitas pessoas ficaram à frente da marca, mas todas elas mantiveram os princípios de Gabrielle em todos os detalhes.

 

Trabalhar a partir dessas visões sempre deu estabilidade à grife e fará com que a marca nunca saia de moda.

 

Essa grife continuará sendo a marca simples, mas com elegância, glamour e sofisticação, como sempre foi. E essa visão de não abandonar os princípios que moveram a sua fundadora, que faz a Chanel ser uma marca de sucesso até hoje.