17 de junho de 2025
Petrobras apresenta avanços na transição energética e reforça compromisso com inclusão social

Relatório de Sustentabilidade 2024 destaca investimentos em baixo carbono, geração de empregos e ações socioambientais
A Petrobras divulgou, nesta segunda-feira (16), o Relatório de Sustentabilidade 2024, que reúne os principais avanços da empresa no caminho rumo à transição energética justa. O documento reforça o compromisso da estatal com a descarbonização, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social, além de apresentar metas ambiciosas até 2050.
Entre os destaques, está o investimento de US$ 16,3 bilhões em projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos. Essas iniciativas deverão contribuir para a geração de cerca de 315 mil empregos, além de consolidar a Petrobras como referência global em energias mais limpas. A companhia também reduziu em 40% suas emissões absolutas de CO₂ equivalente desde 2015 e cortou em 69% as emissões diretas de metano no setor de exploração e produção.
Biocombustíveis e combustíveis marítimos sustentáveis
A empresa investe em tecnologias para combustíveis de baixa emissão. Entre as ações em curso estão a construção de plantas de biorefino nas unidades de Cubatão (RPBC) e no Complexo de Energias Boaventura, com previsão de operação a partir de 2029. Ambas produzirão diesel renovável e querosene de aviação sustentável (SAF). Também está em análise uma nova planta na refinaria de Paulínia (REPLAN), voltada à produção de SAF a partir de etanol.
Além disso, a Petrobras realizou testes com combustíveis marítimos com até 24% de biodiesel, reduzindo entre 17% e 20% as emissões de gases de efeito estufa em comparação com o bunker tradicional. Em 2025, a empresa pretende comercializar o VLS B24, combustível certificado internacionalmente. Já no Porto de Santos, a estatal iniciou a oferta de gasóleo marítimo com baixo teor de enxofre, inferior aos limites regulatórios.
Parcerias internacionais e créditos de carbono
A Petrobras também integra a Oil and Gas Climate Initiative (OGCI), aliança global que reúne 12 das maiores empresas do setor. O grupo já reduziu em 55% as emissões de metano e em 21% a intensidade de carbono desde 2017. Com a OGCI, a Petrobras reforça sua meta de zerar emissões líquidas operacionais até 2050, em linha com o Acordo de Paris.
Outra medida em destaque é o investimento em créditos de carbono. Em 2024, foram adquiridos 270 mil créditos do projeto REDD+ Envira Amazônia, certificados pelos padrões internacionais VCS e CCB. Esses créditos foram usados para compensar as emissões da nova gasolina Podium Carbono Neutro, lançada em 2023.
Impacto socioambiental e desenvolvimento local
No campo socioambiental, o Programa Petrobras Socioambiental apoiou 25 projetos focados em florestas, beneficiando mais de 535 mil hectares em cinco biomas brasileiros. A estimativa é de um impacto positivo de cerca de 3 milhões de toneladas de CO₂ evitadas ou removidas da atmosfera.
Já no campo da inclusão social, o Programa Autonomia e Renda iniciou a qualificação de 1.065 alunos em sete estados. A maior parte dos participantes são mulheres (60%), pessoas negras (72%) e pessoas com deficiência (4%). Os formandos são direcionados ao mercado por meio de parcerias com os serviços públicos de emprego, e fornecedores da Petrobras são incentivados a priorizá-los em suas contratações.
Geração de valor para a sociedade
Em 2023, a Petrobras distribuiu R$ 379,4 bilhões em valor para a sociedade, entre impostos, royalties, pagamentos a fornecedores e remuneração a acionistas. Apenas os investimentos no segmento de exploração e produção (E&P) totalizaram US$ 13,91 bilhões, sustentando 145 mil empregos no país.
Com metas ousadas e ações concretas, a Petrobras busca se consolidar como protagonista da transição energética, alinhando performance econômica, responsabilidade ambiental e impacto social positivo.