O que parecia ser apenas mais uma denúncia anônima se transformou em uma operação de resgate e repressão a crimes graves contra a dignidade humana. Policiais civis da Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande estouraram, na última quarta-feira (14), uma residência na Avenida Guido Mangioca, no bairro Maracanã que funcionava como uma verdadeira “casa do prazer”, onde até uma adolescente era mantida em situação de exploração sexual.

O cenário encontrado pelos agentes era digno de roteiro sombrio: preservativos espalhados, acessórios íntimos, anotações com valores e regras rígidas de funcionamento. Tudo meticulosamente organizado. No local, estavam uma adolescente de 17 anos, duas mulheres adultas e a responsável pelo imóvel, que foi presa em flagrante.

O contrato de locação estava em seu nome, e as vítimas relataram que, ao chegarem, já contraíam dívidas. Pagavam R$ 100 por dia para se hospedar e recebiam apenas R$ 150 por programa, em um ciclo de exploração que parecia não ter fim.

A ação ganhou contornos ainda mais graves quando, ao retornarem ao imóvel para que as vítimas buscassem seus pertences, os policiais encontraram mais uma mulher recém-chegada, aliciada para iniciar o mesmo tipo de “trabalho”.Foram apreendidos grande quantidade de preservativos, acessórios, anotações com valores e regras da casa, evidenciando a organização do espaço para exploração sexual.

A mulher de 23 anos, responsável pela casa, presa em flagrante, responderá por corrupção de menores, favorecimento à prostituição e manutenção de casa de exploração sexual, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal.

A adolescente foi acolhida e encaminhada para os cuidados da rede de proteção. O caso permanece em apuração pelas autoridades, que investigam as circunstâncias da exploração no local e a possível atuação de outras pessoas envolvidas.

Fonte: Assessoria de Imprensa Polícia Civil (DEINTER-6)