05 de agosto de 2022
Servidor municipal em ‘estado de alerta’
Na foto, Fábio Pimentel e diretores do Sindest (Pedro da Matta, Daniel Gomes discursando e Donizete Fabiano) em assembleia na noite de quinta-feira
Os 12 mil servidores estatutários de Santos estão em ‘estado de alerta’ e poderão ir à praça Mauá, diante da prefeitura, em protesto pelo reajuste salarial previsto em lei aprovada na câmara municipal.
A deliberação ocorreu em assembleia do sindicato Sindest, na noite de quinta-feira (4). A categoria aprovou nova assembleia no dia 23 de agosto, quando espera ter proposta do prefeito Rogério Santos (PSDB).
O presidente da entidade, Fábio Pimentel, leu na reunião o ofício que recebeu nesta semana da secretária municipal de gestão, Tânia Mota, marcando negociação para o dia 16.
Ele acredita que a reunião foi marcada por causa de seu posicionamento, em programa ao vivo pelo Facebook e Youtube, na segunda-feira (1º), quando aventou o protesto na praça.
“Tomara que não seja preciso chegar a esse ponto de desgaste para a prefeitura”, disse o dirigente após a assembleia. “Mas se for preciso, colocaremos o time em campo”.
Barulho daqueles
Fábio entende como ‘time’ seus aliados no movimento sindical, estudantil e popular na região, com carro de som, música ao vivo e teatro com artistas de rua. Segundo ele, “um barulho daqueles”.
Em 15 de março, ao aprovar o projeto de lei complementar (plc) 9-2022, do prefeito, reajustando os salários e benefícios com os 10,06%, o legislativo, por unanimidade, apoiou a continuidade das negociações.
Na semana retrasada, Fábio enviou ofício ao prefeito cobrando a negociação, com base na lei complementar 1.155, de 18 de março, que prevê a reavaliação do reajuste aplicado em fevereiro.
Vale e cesta
Além do reajuste salarial, a categoria também reivindica correção da cesta-básica de R$ 300 e do vale-alimentação mensal de R$ 500. Para Fábio, “esses valores não correspondem ao custo de vida”.
O sindicalista ainda espera agendar reunião com o prefeito e pediu apoio aos 21 vereadores para intermediar um acordo. “Temos pressa e esperamos que o governo não decepcione os trabalhadores”.
Desde a semana passada, ele tem conversado com sindicalistas de outros segmentos e também com o movimento estudantil, articulando apoios para o eventual protesto na praça.