25 de outubro de 2022
Servidor quer negociar salário com a prefeitura

Na foto, o presidente do Sindest, Fábio Pimentel, em assembleia na semana passada
O sindicato dos 12 mil servidores municipais estatutários e 6 mil aposentados de Santos (Sindest) oficiou à prefeitura pela reabertura das negociações da segunda fase da campanha salarial.
Na quinta-feira (20), por pressão do sindicato, o prefeito Rogério Santos (PSDB) retirou da câmara seu projeto de lei que concedia abono único de R$ 1 mil mais reajuste de 20% no vale-refeição e na cesta-básica.
A diretoria do sindicato esteve na sessão legislativa daquele dia, com dezenas de aposentados e vários trabalhadores da ativa, pedindo aos vereadores que votassem contra o projeto.
Críticas ao prefeito
Em assembleia na noite anterior, quarta-feira (19), a categoria rejeitou a proposta por não contemplar a maioria dos aposentados e parte do funcionalismo ainda em atividade.
Em programa ao vivo pelo Facebook e Youtube, na noite de segunda-feira (24), o presidente do Sindest, Fábio Pimentel, fez duras críticas ao prefeito pelo modo como trata a campanha salarial.
“É um governo que mente, que esconde a receita orçamentária para não corrigir adequadamente os salários. Se não fosse a interferência da câmara, não teríamos como confrontá-lo”, disse.
Avaliação meritocrática
O sindicalista lembrou que, a pedido do Sindest, a vereadora Telma de Souza (PT) propôs, e o legislativo aprovou por unanimidade, em março, o segundo estágio da luta reivindicatória.
Lamentou, porém, que o prefeito tenha deixado passar meses para apresentar a proposta irrisória de reajuste no vale de R$ 503 e na cesta de R$ 323, além do abono restrito a avaliação meritocrática.
O abono seria concedido, por exemplo, apenas aos que não tivessem faltas superiores a 30 dias, excluindo gestantes em licença-maternidade e afastados por doenças como covid e câncer.
Reajuste, não abono
Na tarde desta terça-feira (25), o sindicato estará de novo na sessão ordinária do legislativo para pedir aos vereadores que convençam o prefeito a reabrir imediatamente as negociações.
Os diretores Donizete Fabiano, Daniel Gomes e Rogério Catarino participaram da ‘live’, mediada pelo jornalista Willian Ribeiro, e todos criticaram a postura governamental.
As perdas são de aproximadamente 10% e a categoria cobra reajuste e não abono. Fábio defende que os vereadores criem comissão especial para mediar uma negociação do prefeito com o sindicato.