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Jornal Acontece

27 de março de 2024

Tartarugas-verdes resgatadas e cuidadas pelo Aquário são devolvidas ao mar

 | Jornal Acontece
Duas tartarugas-verdes retornaram ao mar, na manhã de quarta-feira (27), após tratamento no Aquário. A soltura foi realizada no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, a cerca de 40 quilômetros da costa, pela equipe que esteve encarregada do cuidado dos animais.
 
 
 
Uma delas estava em observação desde outubro de 2022 e a outra, há seis meses. Os dois animais foram encontrados pela população, que comunicou a equipe do Aquário. Um deles estava debilitado, mostrando sinais de interação com a pesca e ingestão de plástico. O outro havia sofrido colisão com uma embarcação. Da espécie Chelonia mydas, ambas tiveram que passar por procedimentos para estabilização e intervenções para a retirada de elementos estranhos e procedimentos que promoveram a cicatrização do casco afetado. 
 
 
 
Durante a estadia, as tartarugas, que receberam os nomes de Una e Ramona, foram mantidas em tanques individuais e tiveram acompanhamento diário com todo o cuidado da equipe. A alimentação era composta por pescados (tilápia, polvo, lula, sardinha, manjuba) e vegetais (folhas verdes e legumes), no setor extra do Aquário. 
 
 
 
“Hoje é um dia importante porque as tartarugas-verdes que estavam passando por tratamento, sob olhar atento de uma equipe médica veterinária e de biólogos dedicados, foram curadas e receberam alta. Os dados são alarmantes: em dez anos, 200 tartarugas marinhas foram acolhidas e tratadas, sendo 76 recuperadas, já que parte delas tinha corpos estranhos no trato intestinal. Vamos continuar firmes, com conscientização e sensibilidade ambiental”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório. 
 
 
 
O biólogo do Aquário, Demétrio Martinho, estava presente no momento da soltura e ressaltou o trabalho de toda a equipe. “O Aquário é um dos equipamentos pioneiros na reabilitação de tartarugas marinhas, firmando, assim, uma parceria inestimável com toda a sociedade em prol desses fantásticos animais da nossa fauna”. 
 
 
 
Para a soltura, as tartarugas são anilhadas pelo projeto Tamar, uma identificação com numeração para que seja possível fazer o monitoramento delas e, caso sejam novamente encontradas, saber do seu histórico e se já passaram por algum tratamento. Atualmente, o Aquário trata de outros nove animais marinhos, sendo oito tartarugas-verdes e uma tartaruga-cabeçuda.
 
 
 
CURIOSIDADES
As tartarugas-verdes fazem parte das cinco espécies que habitam o Brasil. Podem atingir mais de 1,40m de comprimento e pesar mais de 200kg. São caracterizadas pela cabeça pequena, com um único par de escamas pré-frontais e uma mandíbula serrilhada, que facilita a alimentação com itens vegetais.
 
 
 
Também conhecida por aruanã, a tartaruga-verde vive nos oceanos de regiões tropicais e subtropicais e precisam ir à superfície para respirar, mesmo com a capacidade de segurar o fôlego por várias horas quando estão descansando embaixo d’água. 
 
 
 
Outra curiosidade é que retornam aos locais em que nasceram quando ficam adultas e reprodutivas. Graças à genética, é possível encontrar uma tartaruga no litoral de Santos e descobrir onde ela nasceu.
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