13 de maio de 2021
Terceirizada da Petrobras não paga operários e greve continua
Foto na quarta-feira (12), cerca de 3 mil empregados das 35 empreiteiras em atividade na refinaria atrasaram em duas horas a entrada no turno da manhã, em solidariedade aos colegas da G&E
A empreiteira G&E Engenharia está com os salários e o vale-alimentação (va) de 90 empregados atrasados desde sexta-feira (7) e eles continuam em greve, iniciada na manhã de segunda (10).
A terceirizada presta serviços à refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) na ‘parada’ de manutenção iniciada em fevereiro com 800 homens, que foram dispensados conforme a finalização das tarefas.
Aos 120 demitidos em 14 de abril, a terceirizada deve as verbas rescisórias, o ‘va’ e a liberação do FGTS, o que também é motivos da paralisação dos 90 ainda ativos.
Segundo o vice-presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), Ramilson Manoel Elói, a greve prosseguirá até a quitação dos débitos.
O sindicalista reclama do “jogo de empurra entre a Petrobras e a empreiteira. A primeira diz que liberou as ‘medições’ do mês de abril, para pagamento em maio. E a segunda alega não ter recebido”.
Governo inoperante
Ramilson diz que “nenhuma das duas tem razão. A Petrobras, por admitir uma empresa irresponsável em seu quadro de contratadas. E a terceirizada, por não cumprir as obrigações trabalhistas”.
O sindicalista pondera que, “infelizmente, para piorar, temos um governo totalmente contra os trabalhadores e um ministério do trabalho que já nem existe mais em sua plenitude”.
Em meados de 2020, os trabalhadores da mesma empreiteira, em atividade na empresa cimenteira Intercement, no pátio da Cesari Multimodal, paralisaram as atividades em solidariedade a demitidos.
O diretor de segurança, higiene e medicina do trabalho, Almir Marinho Costa, lembra que a terceirizada deve ainda a multa por atraso das verbas prevista no artigo 477 da consolidação das leis do trabalho (clt).
Ramilson e Almir têm feito assembleias diárias na portaria 10 da refinaria, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, altura do viaduto da Vila Elisabete. O sindicato dos petroleiros da Petrobras (Sindipetro) é solidário.
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