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28 de fevereiro de 2024

Vila Socó 40 anos – Cerimônias homenageiam vítimas do incêndio

 | Jornal Acontece
Eventos foram realizados pela Comissão da Verdade da OAB Cubatão no domingo (25) e segunda (26)
 
 

Nos 40 anos do incêndio que atingiu a Vila Socó, a Comissão da Verdade da OAB Cubatão realizou homenagens em memória às famílias atingidas pelo incidente. No domingo (25) foi celebrado Ato Ecumênico no Centro Comunitário da Vila São José, mesmo bairro onde estava a Vila Socó. Contou com a presença de autoridades das igrejas católica e evangélica que rezaram pelas famílias, deixando uma palavra de aconchego e esperança. A cerimônia foi encerrada com um minuto de silêncio.

 

Na sequência, as pessoas seguiram em caminhada até o no monumento construído em homenagem às vítimas, onde foi depositada uma coroa de flores e oração do Pai-Nosso. “É um momento triste, de reflexão, especialmente para que a tragédia não seja esquecida. Até hoje buscamos saber o que de fato aconteceu”, disse André Louro, advogado que integra a Comissão à Memória, à Verdade e à Justiça da OAB Cubatão (Ordem dos Advogados do Brasil) tem se debruçado sobre documentos que comprovem o real número de vítimas. Oficialmente, foram 93 mortos no incêndio.

 

Na segunda-feira (26), a sede da OAB recebeu a sessão solene da Comissão da Verdade. Além de discursas sobre o trabalho do grupo, que completa 10 anos em 2024, teve apresentação do Coral Zanzalá sob regência da maestra Nailse Machado.

 

Incêndio da Vila Socó – O incêndio teve início no dia 24 de fevereiro, invadindo o dia 25 de fevereiro do ano de 1.984, com vazamento de gasolina sobre o mangue na favela da Vila Socó, situada entre a via Anchieta (KMs 56 a 59) e Av. Tancredo Neves. Apesar do número oficial de vítimas apurado à época, 93 pessoas, há que se respeitar a Comissão da Verdade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Cubatão (constituída em 2014) que desenvolve trabalho, além de social, em busca de elementos que possam comprovar a realidade do número de vitimados naquela ocasião.

 

Os ensinamentos absorvidos pela Municipalidade sobre o acontecimento referem-se, especialmente, à proteção da vida humana e à preservação do meio ambiente, uma vez que as medidas tomadas após o incêndio entrelaçam-se com as ações assumidas em prol da recuperação ambiental do município que culminou, inclusive, no reconhecimento mundial de Cubatão como Cidade Símbolo de Recuperação Ambiental na ECO-92, conferência das Nações Unidas (ONU) pelo meio ambiente realizada no Rio de Janeiro, em 1992. Ficou a responsabilidade compartilhada pelo poder público e indústrias em gerar desenvolvimento econômico e progresso industrial em harmonia com o meio ambiente, protegendo a comunidade.

 

De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SSPC), após o incidente, toda a área da Vila Socó, atualmente denominada Vila São José, foi aterrada culminando no consequente aterro da tubulação, além de controle rigoroso da tubulação por meio de sofisticados equipamentos que monitoram a pressão e resistência dos tubos de maneira diária, incluindo as condições climáticas, além da ampla sinalização da área. Segundo especialistas, a tragédia foi um marco para a área de emergência na época. A SSPC informa que a partir desse incidente, foram intensificados sistemas de apoio para respostas mais rápidas e eficientes envolvendo todas as indústrias do Parque Industrial com o Plano de Auxílio Mútuo (PAM) e o Plano de Contingência que envolve todas as secretarias municipais da Prefeitura de Cubatão que estão preparadas para responder eventuais emergências do tipo.

 

Após o incêndio, a Petrobras construiu, por meio de convênio com a Prefeitura Municipal, núcleo residencial  formado por 400 casas, na Vila São José. Sobreviventes da tragédia da Vila Socó foram indenizados e passaram a habitar o local que foi totalmente urbanizado, recebendo escola, creche, posto de saúde, infraestrutura urbana e calçamento. A partir de 2017, o bairro passou por processo de regularização fundiária e em 2019, essas 400 famílias iniciaram o processo de recebimento das escrituras definitivas de seus imóveis, tornando-se oficialmente proprietárias do terreno. A Vila São José possui cerca de 5 mil moradores, de acordo com o último censo divulgado pelo IBGE (2010).

 

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