A votação popular para escolher a ave-símbolo de Bertioga foi prorrogada e finaliza às 23h desta sexta-feira (10). A eleição é on-line, através do link:
https://bit.ly/ave_simbolo. A Prefeitura também promove a campanha dentro das salas de aula das escolas municipais, desenvolvendo a identidade do município com a participação direta dos alunos.
Com a aprovação do Conselho Municipal de Turismo de Bertioga (Contur), o projeto para a escolha da ave-símbolo é realizado em parceria com as secretarias de Turismo e Cultura, Meio Ambiente e Educação, além do Clube Observador de Aves de Bertioga (COA-Bertioga) e das associações locais de profissionais de ecoturismo da cidade (AMOLB e ABECO).
As candidatas para representar Bertioga são as seguintes aves: Gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus); Surucuá-de-barriga-amarela (Trogon viridis); Martim-pescador-miúdo (Chloroceryle aenea); Colhereiro (Platalea ajaja) e Ferro-velho (Euphonia pectoralis).
As espécies foram escolhidas com base em alguns critérios, como: grau de ameaça de extinção, exuberância e beleza, importância ecológica e não ser ave-símbolo de outra cidade, estado ou país da América Latina.
Sobre as aves
MARTIM-PESCADOR-MIÚDO – Chloroceryle aenea
É a menor espécie de martim-pescador no Brasil, com 13 cm de comprimento. Vive solitário ou em casais nas margens de cursos d’água e manguezais. Se alimenta de peixes, crustáceos e anfíbios, e captura as presas em voos rasantes velozes, partindo de um poleiro. Forma ninhos cavando túneis em barrancos, cupinzeiros abandonados ou utilizando o oco de árvores mortas. A fêmea põe de dois a quatro ovos por vez, e o macho e a fêmea cuidam dos filhotes.
SURUCUÁ-DE-BARRIGA-AMARELA – Trogon viridis
Com 28 cm de comprimento, vive no interior e nas bordas de florestas. É uma ave bastante dócil, permite que o observador se aproxime. É comum ser vista em casais. O macho é mais colorido, com o dorso e o pescoço verde-azulado. Se alimenta de frutos, lagartas, insetos e outros pequenos animais invertebrados. A fêmea tem o dorso, a garganta e o peito cinzas. Constrói o ninho no oco de árvores mortas e em cupinzeiros abandonados, ou aproveita ninhos abandonados por outras aves. A fêmea põe dois ou três ovos por vez, e cuida dos filhotes junto com o macho.
GAVIÃO-POMBO-PEQUENO – Amadonastur lacernulatus
Espécie ameaçada de extinção, mede 47 cm de comprimento. Vive no interior e nas bordas de florestas, e pode ser observado nas matas e em áreas urbanizadas de Bertioga. Realiza voos planados curtos e, geralmente, é visto em voo ao ir de uma árvore para outra. Se alimenta de insetos, aranhas e gastrópodes, sendo que em menor frequência, pode capturar serpentes, lagartixas, roedores, pequenos mamíferos e outras aves. Caça presas no solo e pode se associar a bandos mistos de aves que seguem formigas-de-correição, bandos de quatis ou de macacos, para capturar os animais espantados por eles. Na época de reprodução, constrói o ninho no topo de árvores, usando gravetos.
COLHEREIRO – Platalea ajaja
Animal gregário, ou seja, vive em bandos, e em ambientes aquáticos, como praias, lagoas e manguezais. Tem 76 cm de comprimento e usa o bico achatado, em forma de colher, para “peneirar” a água à procura de alimento. Come peixes, anfíbios, insetos, camarões, moluscos e crustáceos. Constrói o ninho sobre árvores usando gravetos e folhas secas, geralmente formando colônias com outras espécies de aves, como biguás e garças. A fêmea põe dois ou três ovos por vez.
FERRO-VELHO – Euphonia pectoralis
Vive solitário ou em pequenos grupos, podendo se associar a bandos mistos de aves, no interior e bordas de florestas. Mede 11 cm de comprimento. O macho é azul-metálico por cima e acastanhado por baixo. A fêmea é cor de oliva por cima e cinza por baixo. Alimenta-se de frutos e insetos. Constroem ninhos esféricos usando gravetos e musgo. A fêmea põe de dois a cinco ovos por ninhada. Os dois cuidam dos filhotes.