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10 de dezembro de 2024

Yara Inicia Produção de Amônia Sustentável com Biometano e Reduz Pegada de Carbono

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A Yara, líder global em nutrição de plantas, deu um passo decisivo rumo à sustentabilidade ao iniciar a produção de amônia sustentável, utilizando biometano no lugar do gás natural. A mudança representa uma redução de 75% na pegada de carbono em comparação ao produto tradicional, derivado de fontes fósseis. A expectativa da empresa é produzir entre 6 mil e 7 mil toneladas de amônia sustentável anualmente, gerando cerca de 15 mil toneladas de fertilizantes com menor impacto ambiental.

 

 

O biometano utilizado na operação da Yara em Cubatão (SP) é proveniente de resíduos da produção de etanol e açúcar, como vinhaça e torta de filtro, e é gerado em Piracicaba (SP) pela Raízen. Daniel Hubner, vice-presidente de soluções industriais da Yara, destaca que a transição para o biometano não exigiu grandes investimentos em infraestrutura, uma vez que a torta de filtro já é uma matéria-prima renovável por si só. “A principal mudança foi substituir uma molécula fóssil e finita por uma molécula renovável e infinita”, explica Hubner.

 

 

A amônia, insumo essencial para a fabricação de fertilizantes nitrogenados e soluções industriais, é um dos principais produtos beneficiados pela mudança, que impacta diretamente a agricultura, especialmente no Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Para o presidente da Yara Brasil, Marcelo Altieri, essa transição ajudará a reduzir em até 40% a pegada de carbono de produtos como o café.

 

 

Embora a amônia de baixo carbono ainda represente uma parte limitada da produção da Yara, a empresa já vê o biometano como uma base importante para a transição energética no país. No entanto, Hubner observa que, para descarbonizar totalmente a planta, seriam necessários mais dez projetos semelhantes. A planta de biometano da Raízen tem capacidade para processar 60 mil metros cúbicos de metano por dia, enquanto a planta total da Yara consome cerca de 700 mil metros cúbicos diários.

 

 

 

Apesar dos avanços, o custo do gás natural ainda é um desafio para a indústria, e Hubner defende a necessidade de políticas públicas mais eficazes para apoiar a transição energética e tornar o setor mais competitivo. A Yara espera que, com o apoio de políticas mais robustas, a produção de amônia sustentável se torne cada vez mais acessível e escalável, contribuindo para uma economia de baixo carbono e maior competitividade do Brasil no mercado global.

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