Incidente em subestação no Paraná provocou falha em linha de transmissão e afetou regiões de todo o país na madrugada desta terça-feira (14)

Um apagão em 10 estados brasileiros deixou milhões de pessoas sem energia elétrica na madrugada desta terça-feira (14). O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o problema foi causado por um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, que desligou uma linha de 500 kV e interrompeu o fornecimento em várias regiões do país.

Estados atingidos

Relatos de falta de energia foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Acre, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Em algumas localidades, o apagão durou poucos minutos; em outras, o fornecimento só foi normalizado mais de uma hora depois.

Em Minas Gerais, a Cemig informou que 99% dos clientes tiveram energia restabelecida até 1h30. Já no Rio de Janeiro e em São Paulo, o apagão foi rápido, mas causou instabilidade em sistemas de transporte e equipamentos eletrônicos.

Restabelecimento e causas investigadas

O ONS informou que as cargas começaram a ser recompostas cerca de 1h30 após o apagão nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste.

Na Região Sul, o processo completo levou até duas horas e meia.

Técnicos do ONS e da Copel investigam as causas do incêndio que afetou o reator da subestação. Ainda não há confirmação se a falha foi provocada por sobrecarga, problema técnico ou fatores externos.

O Ministério de Minas e Energia solicitou um relatório detalhado sobre o caso.

Histórico e impactos

Apagões em larga escala não são comuns, mas o Brasil já enfrentou situações semelhantes.

Em agosto de 2023, uma falha em um equipamento de transmissão também deixou parte do país sem luz.

Especialistas destacam que, embora o sistema interligado nacional torne a distribuição mais eficiente, ele também aumenta a vulnerabilidade a falhas localizadas.

Situação normalizada

O fornecimento de energia já foi totalmente restabelecido, mas as investigações continuam.

As causas exatas e medidas preventivas devem ser divulgadas nos próximos dias pelo ONS.