15 de outubro de 2025
Adolescente de 16 anos é internada em estado grave após intoxicação por metanol em Mongaguá

Caso acende alerta na Baixada Santista em meio a operação policial contra rede de falsificação de bebidas alcoólicas
Uma jovem de 16 anos foi internada em estado grave após intoxicação por metanol, em Mongaguá, no litoral de São Paulo. O caso foi confirmado pela Prefeitura, nesta terça-feira (14), e é o mais recente registro da série de ocorrências envolvendo bebidas adulteradas no Estado.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o exame preliminar de urina confirmou a presença da substância. A adolescente deu entrada na UPA de Mongaguá no dia 28 de setembro, às 11h16, e precisou ser transferida para o Hospital Regional de Itanhaém no mesmo dia, às 22h18, por causa da gravidade do quadro.
Atualmente, ela está na UTI, em estado grave e sob cuidados intensivos. A Secretaria informou que segue acompanhando o caso e divulgará novas atualizações assim que disponíveis.
Operação contra rede criminosa
O caso veio à tona no mesmo dia em que a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma grande operação contra uma organização criminosa que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas em diversas cidades do Estado incluindo Santos e Guarujá, na Baixada Santista.
A ação resultou na prisão de seis pessoas, sendo que uma delas também foi autuada em flagrante por porte ilegal de arma. As investigações seguem em andamento para identificar possíveis conexões com os casos de intoxicação registrados nas últimas semanas.
Balanço oficial
De acordo com o Gabinete de Crise do Estado, até segunda-feira (13) haviam sido notificados:
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128 casos de intoxicação por metanol;
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100 em investigação, com 3 óbitos suspeitos;
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28 casos confirmados, incluindo 5 mortes;
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246 casos descartados até o momento.
Entre os óbitos confirmados estão três homens, de 54, 46 e 45 anos, moradores de São Paulo, uma mulher de 30 anos, de São Bernardo do Campo, e um jovem de 23 anos, de Osasco.
Alerta na Baixada Santista
Com o aumento dos casos no Estado e agora um registro confirmado em Mongaguá, autoridades locais reforçam o alerta à população sobre o risco de consumir bebidas de procedência duvidosa. O metanol, usado ilegalmente em falsificações, é altamente tóxico e pode causar cegueira, falência múltipla dos órgãos e morte.