09 de maio de 2018
‘Mafia da Merenda’
Cubatão na mira da Polícia Federal
A Polícia Federal chegou logo cedo na Prefeitura Municipal de Cubatão, com 5 agentes que, com mandados de busca e apreensão vasculharam a secretaria de Finanças, seguindo para o setor de licitações. A operação Prato Feito é realizada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria Geral da União e está sendo realizada na manhã desta terça (09), em 19 cidades do Estado.
Segundo o secretário de finanças, Maurício Cruz, a PF busca contratos da gestão anterior à atual. “Assim que os agentes chegaram, o delegado nos informou quais os documentos que eles precisam. São contratos dos anos de 2012 a 2014, que envolvem cinco empresas que prestaram serviços na Cidade”, afirmou Cruz, que enfatizou “nenhum destes contratos tem relação com a atual administração”. Ainda segundo o secretário, a ordem do prefeito, que está em Brasília, foi de “cooperação total com a Polícia Federal”.
Ao todo, a Operação emitiu 154 mandados de busca e apreensão que investigam cinco grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da União destinados à merenda, no país. Existem mandados de busca e apreensão com afastamentos de servidores e suspensão de contratos com o poder público referentes a 29 empresas e seus sócios. Todas as medidas foram expedidas, a pedido da PF, pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Nos senadinhos da política local, já era grande a desconfiança de que a ‘Máfia da Merenda’, teria atuado em Cubatão. A operação investiga direcionamento de licitações e desvio de verba federal destinada ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços. Os investigados devem responder pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão.
Na Baixada
Além de Cubatão, outras cidades da Região também tiveram documentos apreendidos pela operação da PF. Em Peruíbe, os documentos se referem a contratos sobre uniformes escolares. Já em Santos, segundo a Prefeitura, “não há qualquer ação relacionada à operação nacional Prato Feito da Polícia Federal no âmbito desta Administração ou relacionada a seus gestores”.
Em Mongaguá, a Policia Federal fez apreensão de diversos documentos. O prefeito Arthur Parada Prócida saiu da prefeitura em uma viatura da Policia Federal direto para a superintendência da PF, em São Paulo.