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05 de agosto de 2019

Projeto piloto

Secult realiza visita monitorada ao Cemitério Israelita de Cubatão

Interessados em participar do projeto piloto devem se inscrever por e-mail ou apenas comparecer no dia e hora marcados

Uma parte curiosa da história de Cubatão será desvendada na próxima quinta (8), às 14h, com a ajuda da Secretaria de Cultura. Um projeto piloto da Secult traz uma visita monitorada no Cemitério Israelita da cidade, mais conhecido como “Cemitério das Polacas”. Interessados em participar podem se inscrever pelo e-mail cubatao.secult@gmail.com ou apenas comparecer no local e horário marcados. O ponto de encontro é em frente ao Cemitério Municipal (Rua Travessa José Vicente, s/nº).

A visita monitorada será capitaneada pelo historiador Welington Borges, que compõe o corpo técnico da Secult. Ao percorrer as lápides do Cemitério Israelita, a ideia é contar um pouco da história daquelas pessoas, a maioria mulheres traficadas e prostituídas. “Muitos não sabem que este local existe e que é tombado como patrimônio histórico. Nossa ideia é promover a educação patrimonial para a comunidade”, afirmou Vanessa Toledo, secretária de Cultura. A ideia é que as visitas continuem conforme a demanda de agendamentos.

As portas do Cemitério Israelita, que passou para a história do Brasil como o “Cemitério das Polacas de Cubatão”, foram reabertas à visitação no fim de abril deste ano, após ser totalmente restaurado pela Associação Israelita de São Paulo Chevra Kadisha em convênio com a Prefeitura. Atenção especial foi dada à recuperação das 69 lápides onde estão enterrados os corpos de 54 mulheres e de 15 homens. Do total apenas seis corpos não estão identificados, mas presumivelmente devem ser de mulheres, devido à localização.

Fundado por volta de 1924 na área onde hoje está localizada a Refinaria Presidente Bernardes para receber “as polacas” – como eram conhecidas as prostitutas judias que vinham do leste europeu trazidas por traficantes de mulheres nos fins do século XIX e início do XX – o Cemitério Israelita foi transferido para um terreno isolado ao lado do atual Cemitério Municipal de Cubatão. O último sepultamento foi em 1966.

“É uma parte triste, que remete ao tráfico como consequência da pobreza e de uma dinâmica social perversa. De qualquer maneira é uma história que precisa ser contada”, afirma o historiador Welington Borges, completando que essas mulheres demonstraram uma organização incrível já naquela época. Apesar de marginalizadas pela sociedade, criaram uma associação para que pudessem ter acesso à sinagoga e fossem sepultadas conforme a tradição.

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